Qualidade do ar nos ônibus

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A Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, firmou um termo de cooperação técnica com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) com o objetivo de analisar a qualidade do ar, além da possível presença de microrganismos que podem ser prejudiciais à saúde, no interior dos ônibus da frota municipal da capital paulista.

De acordo com o projeto, o IPT irá realizar uma avaliação de parâmetros físicos, químicos e microbiológicos relacionados à qualidade do ar dentro dos ônibus municipais que possuem equipamentos de ar-condicionado. Após a realização das análises, o órgão emitirá um relatório técnico apontando os resultados à SPTrans, que deverá orientar as empresas prestadoras de serviço a adotarem novos procedimentos para a circulação e a renovação do ar, caso seja constatada a necessidade.

O objetivo da SPTrans é avaliar a qualidade interna do ar dos ônibus para reduzir os riscos de contaminações de passageiros, motoristas e cobradores.
IPT irá realizar avaliação microbiológica de parâmetros físicos e químicos relacionados à qualidade do ar dentro dos ônibus municipais que possuem equipamento de ar-condicionado
IPT irá realizar avaliação microbiológica de parâmetros físicos e químicos relacionados à qualidade do ar dentro dos ônibus municipais que possuem equipamento de ar-condicionado
O prazo para a realização dos testes é de seis meses contados a partir de dezembro de 2020, podendo ser prorrogado de comum acordo, caso seja identificada a necessidade de realização de mais testes.

PROJETO MULTIDISCIPLINAR – Para a avaliação da qualidade microbiológica interna do ar nos ônibus, o Laboratório de Biotecnologia Industrial, do Núcleo de Bionanomanufatura do IPT, utilizou a técnica de impactação do ar (110 l/minuto) em meio nutritivo utilizando o amostrador de ar MAS100 e atendendo aos tópicos da resolução RE 09 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de 16/01/2003 – “Orientação técnica elaborada por grupo técnico assessor sobre padrões referenciais de qualidade do ar interior em ambientes climatizados artificialmente de uso público e coletivo”.

A metodologia empregada foca principalmente na avaliação da carga microbiana (bactérias, bolores e leveduras) presente no ambiente veicular, uma vez que os parâmetros apresentados para a operação de impactação de ar não oferecem resposta para a carga viral. Os resultados de carga microbiana já fornecem um indicativo referente à qualidade do ar inalado neste ambiente e podem ser aproveitados adequadamente para esta finalidade.

Os ensaios realizados no Laboratório de Vazão do IPT irão determinar como pode se propagar um microrganismo ou vírus, suspenso em partículas aeressolizadas, a partir de uma pessoa infectada respirando, espirrando, tossindo ou conversando, ou seja, a partir de sua emissão por uma fonte, e também determinar a taxa de renovação do ar no interior do ônibus.

Para isso, são simuladas essas condições nas localizações no espaço dos passageiros sentados e em pé, em diversos pontos no interior do ônibus, e são realizadas medições especificas nas posições do cobrador e do motorista.
Ensaios irão determinar como pode se propagar um microrganismo ou vírus a partir de uma pessoa infectada respirando, espirrando, tossindo ou conversando no õnibus
Ensaios irão determinar como pode se propagar um microrganismo ou vírus a partir de uma pessoa infectada respirando, espirrando, tossindo ou conversando no õnibus
A técnica utilizada é a visualização do escoamento por meio de fumaça, que permite determinar como a emissão por um passageiro pode se espalhar ao seu redor, atingindo os viajantes próximos, ou por todo o ônibus, atingindo aqueles mais distantes.

Após esse ensaio, são realizadas medições quantitativas, lançando gás propano em uma simulação parecida à das emissões de microrganismos e de vírus, e medindo a concentração desse gás nas regiões vizinhas aos lançamentos e ao longo de todo a extensão interna do ônibus.

A partir dessas medições também se determinará a taxa de renovação do ar no interior do ônibus – incluindo tanto o trajeto, em que o veículo circula com as portas fechadas, quanto as paradas nos pontos, em que as portas de entrada e saída dos passageiros são abertas.

Complementarmente às medições acima, para a determinação da taxa de renovação do ar, também são medidas as concentrações de gás carbônico no interior do ônibus pelo Laboratório de Conforto Ambiental e Sustentabilidade do IPT. Os objetivos são coletar dados redundantes e também verificar a qualidade do ar interior.

Essas medições permitirão caracterizar o sistema de ventilação e de ar-condicionado no interior do ônibus, no qual ainda serão monitoradas a temperatura ambiente, a umidade relativa e a vazão do sistema de ventilação.

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