A São Paulo Transporte (SPTrans), empresa responsável pela gestão do sistema de transporte público coletivo da capital paulista, credenciou o Instituto de Pesquisas Tecnológicas para ser um Laboratório de Teste Designado (LTD) e um Organismo de Inspeção Designado (OID) dos futuros equipamentos e dispositivos a serem instalados nos ônibus da cidade. Estes elementos constitutivos da tecnologia embarcada são parte dos chamados sistemas inteligentes de transporte e foram especificados para atender à renovação da atual frota de 15 mil veículos e 1,5 mil linhas de ônibus que conduzem diariamente cerca de nove milhões de passageiros.
“Este processo de implantação da tecnologia embarcada é parte do processo de modernização da frota de ônibus do município”, explica o responsável pela Seção de Automação, Governança e Mobilidade Digital do IPT, Alessandro Santiago dos Santos. A Secretaria Municipal de Transportes apresentou no dia 23 de março, em audiência pública, a primeira etapa do procedimento de licitação dos serviços de transporte coletivo de passageiros. O prazo contratual será de até 20 anos e a intenção da prefeitura é que o novo sistema estrutural, diferente do atual em que todas as linhas de ônibus se deslocam dos bairros em direção ao centro, faça a interligação das regiões da cidade.
A especificação das soluções de tecnologia embarcada foi desenvolvida com base nas necessidades da SPTrans e suas expectativas para o planejamento, o monitoramento e a operação do sistema de transporte. A partir daí, um documento foi elaborado relacionando as funcionalidades e os requisitos básicos dos equipamentos e dispositivos considerados imprescindíveis para o controle da frota, como o circuito fechado de TV para disponibilização de imagens do interior e do exterior do veículo à central de operação, e o sistema de telemetria para monitoramento da mecânica e eletrônica do ônibus pela rede CAN e/ou sensores instalados no veículo, que permitirá a obtenção de dados como as leituras de rotação de motor e de odômetro.
A lista inclui ainda o contador de passageiros, que executa a conferência eletrônica dos usuários por meio de sensores instalados nas portas de entrada/saída dos ônibus em tecnologias como laser ou RFID; o terminal de dados, cuja função principal é a troca de mensagens entre o motorista, o veículo e o Centro de Controle, sendo possível informar dados operacionais como andamento da operação da linha e desvio de rota; a rede wi-fi para os passageiros; os painéis de mensagens variáveis, os painéis multimídia e os letreiros, que permitem a alteração da linha exibida no letreiro eletrônico externo a partir da unidade central de processamento sem a atuação do operador.
Todos os equipamentos embarcados deverão ter capacidade de troca de informações com o sistema central de maneira aberta e completa e deverão atender às normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), assim como as resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Os validadores eletrônicos de bilhetes não fazem parte do processo de especificação e de homologação da tecnologia embarcada porque já foram avaliados pela equipe interna da SPTrans.
TESTES DE HOMOLOGAÇÃO E INSPEÇÃO – A SPTrans estabeleceu três tipos de entidades que irão colaborar no processo de modernização da frota de ônibus. O IPT foi credenciado para atividades de Laboratório de Teste Designado (LTD), ou seja, executar ensaios estruturais e funcionais de equipamentos e dispositivos embarcados, e irá aproveitar a capacitação multidisciplinar do Instituto para o projeto, explica o pesquisador: “Existem vários laboratórios do IPT aptos a realizar os ensaios. Temos uma experiência adquirida na Seção de Automação, Governança e Mobilidade Digital por conta dos ensaios feitos para as antenas do Sem Parar, e seremos responsáveis pelos testes de protocolos e de conformidade funcional – ao se enviar um comando para a transmissão de uma mensagem em um painel, por exemplo, o texto deverá ser transmitido e é preciso dar uma resposta ao sistema”.
Simultaneamente, testes como o de vibração, destinado a avaliar se os equipamentos suportam impactos durante o movimento dos veículos, poderão ser feitos no Laboratório de Equipamentos Mecânicos e Estruturas, enquanto os ensaios de compatibilidade eletromagnética, para verificar problemas de interferência entre equipamentos e sistemas, serão executados no Laboratório de Equipamentos Elétricos e Ópticos. “Faremos a homologação da parte estrutural e funcional dos equipamentos para saber, por exemplo, se a câmera que será instalada no veículo atende às especificações determinadas pela SPTrans, assim como os testes dos componentes integrados para confirmar o funcionamento de todos eles no sistema dentro das regras”, completa ele.
Além dos ensaios dos equipamentos e da solução completa, o Laboratório de Teste Designado será também responsável pelos ensaios de comunicação com a central da SPTrans no Sistema Integrado de Monitoramento (SIM), pois a solução a ser embarcada no ônibus deverá ‘conversar’ com a central de controle operacional para a transmissão das informações das operações dos ônibus. Todos os testes realizados na seção do IPT serão supervisionados pelo engenheiro eletrônico Henrique Frank Werner Puhlmann.
O IPT também foi credenciado para operar como um Organismo de Inspeção Designado (OID), com as atividades a cargo do engenheiro eletricista Adriano Galindo Leal, e fará a inspeção dos equipamentos instalados nos ônibus, ou seja, a confirmação da implantação de acordo com a maneira como eles foram homologados: “O trabalho de inspeção não tem ainda previsão de realização porque os fornecedores de equipamentos e dispositivos precisarão ser aprovados primeiramente antes da comercialização, e os operadores das linhas de ônibus precisarão instalar os componentes nos veículos para que a inspeção seja feita”, afirma Santos. As avaliações do Organismo de Certificação Designado (OCD) completam o escopo do trio de instituições técnicas designadas pela SPTrans para o processo, mas esse não terá a participação do IPT.
Quem realizar as atividades de OCD para um cliente, não poderá realizar os testes de LTD nem tampouco de OID – ou seja, nenhuma das empresas poderá desempenhar dois ou três papéis simultaneamente para um único cliente. Atualmente, além do IPT, as instituições credenciadas pela SPTrans são a Fundação CPqD – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações e a TÜV Rheinland Brasil, e qualquer fornecedor interessado em homologar suas soluções de acordo com as especificações publicadas pela SPTrans pode procurá-las desde o dia 6 de abril. “Esta é uma mudança de paradigma no Brasil para tornar o ônibus mais próximo à sociedade, oferecendo novos serviços e agregando novas informações ao sistema”, completa o pesquisador.
“Este processo de implantação da tecnologia embarcada é parte do processo de modernização da frota de ônibus do município”, explica o responsável pela Seção de Automação, Governança e Mobilidade Digital do IPT, Alessandro Santiago dos Santos. A Secretaria Municipal de Transportes apresentou no dia 23 de março, em audiência pública, a primeira etapa do procedimento de licitação dos serviços de transporte coletivo de passageiros. O prazo contratual será de até 20 anos e a intenção da prefeitura é que o novo sistema estrutural, diferente do atual em que todas as linhas de ônibus se deslocam dos bairros em direção ao centro, faça a interligação das regiões da cidade.
A especificação das soluções de tecnologia embarcada foi desenvolvida com base nas necessidades da SPTrans e suas expectativas para o planejamento, o monitoramento e a operação do sistema de transporte. A partir daí, um documento foi elaborado relacionando as funcionalidades e os requisitos básicos dos equipamentos e dispositivos considerados imprescindíveis para o controle da frota, como o circuito fechado de TV para disponibilização de imagens do interior e do exterior do veículo à central de operação, e o sistema de telemetria para monitoramento da mecânica e eletrônica do ônibus pela rede CAN e/ou sensores instalados no veículo, que permitirá a obtenção de dados como as leituras de rotação de motor e de odômetro.
A lista inclui ainda o contador de passageiros, que executa a conferência eletrônica dos usuários por meio de sensores instalados nas portas de entrada/saída dos ônibus em tecnologias como laser ou RFID; o terminal de dados, cuja função principal é a troca de mensagens entre o motorista, o veículo e o Centro de Controle, sendo possível informar dados operacionais como andamento da operação da linha e desvio de rota; a rede wi-fi para os passageiros; os painéis de mensagens variáveis, os painéis multimídia e os letreiros, que permitem a alteração da linha exibida no letreiro eletrônico externo a partir da unidade central de processamento sem a atuação do operador.
Todos os equipamentos embarcados deverão ter capacidade de troca de informações com o sistema central de maneira aberta e completa e deverão atender às normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), assim como as resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Os validadores eletrônicos de bilhetes não fazem parte do processo de especificação e de homologação da tecnologia embarcada porque já foram avaliados pela equipe interna da SPTrans.
TESTES DE HOMOLOGAÇÃO E INSPEÇÃO – A SPTrans estabeleceu três tipos de entidades que irão colaborar no processo de modernização da frota de ônibus. O IPT foi credenciado para atividades de Laboratório de Teste Designado (LTD), ou seja, executar ensaios estruturais e funcionais de equipamentos e dispositivos embarcados, e irá aproveitar a capacitação multidisciplinar do Instituto para o projeto, explica o pesquisador: “Existem vários laboratórios do IPT aptos a realizar os ensaios. Temos uma experiência adquirida na Seção de Automação, Governança e Mobilidade Digital por conta dos ensaios feitos para as antenas do Sem Parar, e seremos responsáveis pelos testes de protocolos e de conformidade funcional – ao se enviar um comando para a transmissão de uma mensagem em um painel, por exemplo, o texto deverá ser transmitido e é preciso dar uma resposta ao sistema”.
Simultaneamente, testes como o de vibração, destinado a avaliar se os equipamentos suportam impactos durante o movimento dos veículos, poderão ser feitos no Laboratório de Equipamentos Mecânicos e Estruturas, enquanto os ensaios de compatibilidade eletromagnética, para verificar problemas de interferência entre equipamentos e sistemas, serão executados no Laboratório de Equipamentos Elétricos e Ópticos. “Faremos a homologação da parte estrutural e funcional dos equipamentos para saber, por exemplo, se a câmera que será instalada no veículo atende às especificações determinadas pela SPTrans, assim como os testes dos componentes integrados para confirmar o funcionamento de todos eles no sistema dentro das regras”, completa ele.
Além dos ensaios dos equipamentos e da solução completa, o Laboratório de Teste Designado será também responsável pelos ensaios de comunicação com a central da SPTrans no Sistema Integrado de Monitoramento (SIM), pois a solução a ser embarcada no ônibus deverá ‘conversar’ com a central de controle operacional para a transmissão das informações das operações dos ônibus. Todos os testes realizados na seção do IPT serão supervisionados pelo engenheiro eletrônico Henrique Frank Werner Puhlmann.
O IPT também foi credenciado para operar como um Organismo de Inspeção Designado (OID), com as atividades a cargo do engenheiro eletricista Adriano Galindo Leal, e fará a inspeção dos equipamentos instalados nos ônibus, ou seja, a confirmação da implantação de acordo com a maneira como eles foram homologados: “O trabalho de inspeção não tem ainda previsão de realização porque os fornecedores de equipamentos e dispositivos precisarão ser aprovados primeiramente antes da comercialização, e os operadores das linhas de ônibus precisarão instalar os componentes nos veículos para que a inspeção seja feita”, afirma Santos. As avaliações do Organismo de Certificação Designado (OCD) completam o escopo do trio de instituições técnicas designadas pela SPTrans para o processo, mas esse não terá a participação do IPT.
Quem realizar as atividades de OCD para um cliente, não poderá realizar os testes de LTD nem tampouco de OID – ou seja, nenhuma das empresas poderá desempenhar dois ou três papéis simultaneamente para um único cliente. Atualmente, além do IPT, as instituições credenciadas pela SPTrans são a Fundação CPqD – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações e a TÜV Rheinland Brasil, e qualquer fornecedor interessado em homologar suas soluções de acordo com as especificações publicadas pela SPTrans pode procurá-las desde o dia 6 de abril. “Esta é uma mudança de paradigma no Brasil para tornar o ônibus mais próximo à sociedade, oferecendo novos serviços e agregando novas informações ao sistema”, completa o pesquisador.