Prêmio de inovação tecnológica

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O Instituto de Pesquisas Tecnológicas é duplo finalista do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica, que tem como objetivo reconhecer e premiar os resultados associados a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), que representem inovação tecnológica de interesse do setor de petróleo, gás natural, biocombustíveis, petroquímica, energias renováveis, transição energética e descarbonização.

O prêmio é uma iniciativa para reconhecer projetos desenvolvidos no Brasil por instituições de pesquisa credenciadas pela ANP, empresas brasileiras e empresas petrolíferas, com utilização total ou parcial de recursos da cláusula de PD&I, presente nos contratos de Exploração e Produção (E&P), assim como valorizar e premiar dissertação de mestrado desenvolvida no âmbito do Programa de Formação de Recursos Humanos da ANP (PRH/ANP) bem como homenagear e premiar personalidades que tenham gerado contribuições relevantes de PD&I para o setor.

A edição 2022 premiará cinco categorias de projetos de PD&I, duas categorias de personalidades do setor e uma categoria do PRH/ANP.
Projeto de corrosão sob tensão por dióxido de carbono em dutos flexíveis é um dos finalistas do prêmio - neste caso, a empresa petrolífera é a Petrobras e as instituições parceiras são o Laboratório de Corrosão e Proteção do IPT, a UFRGS e o INT
Projeto de corrosão sob tensão por dióxido de carbono em dutos flexíveis é um dos finalistas do prêmio – neste caso, a empresa petrolífera é a Petrobras e as instituições parceiras são o Laboratório de Corrosão e Proteção do IPT, a UFRGS e o INT
O IPT é duplamente finalista na categoria II, de projeto(s) desenvolvido(s) por instituição credenciada e/ou empresa brasileira, em colaboração com empresa petrolífera, na área temática geral ‘Produção de Petróleo e Gás’.

O tema do primeiro projeto é a envoltória de ocorrência do SCC-CO2 (ou seja, corrosão sob tensão por CO2) em dutos flexíveis – no caso, a empresa petrolífera é a Petrobras e as instituições parceiras são o Laboratório de Corrosão e Proteção do IPT, sob a coordenação técnica do pesquisador Neusvaldo Lira de Almeida, a UFRGS e o INT.

Dutos flexíveis são estruturas amplamente utilizadas nos campos de produção offshore, tanto como dutos de produção quanto como dutos de injeção (gás ou água). Para a produção nos campos petrolíferos do pré-sal foi necessário o desenvolvimento de novas concepções de projeto de dutos flexíveis, devido principalmente às características jamais encontradas em outros campos já explorados pela Petrobras. 

Para o atendimento dessas novas condições de operação e configurações submarinas, foi necessário utilizar aços com elevada resistência mecânica nas armaduras de tração. Foram desenvolvidos e executados vários testes de corrosão com o objetivo de definir as condições de teor de CO2, pressão, temperatura, tensão e deformação para ocorrência do fenômeno e assim determinar um envelope seguro de operação para dutos flexíveis.

Para o projeto, foram desenvolvidos diversos procedimentos de teste para a avaliação da suscetibilidade ao trincamento para diferentes classes de materiais utilizados como armaduras de dutos flexíveis. Os resultados destes testes apoiaram a Petrobras na decisão da retirada de uma série de dutos flexíveis do programa de acompanhamento de dutos flexíveis susceptíveis ao fenômeno de SCC-CO2.  

SEGUNDO PROJETO – ‘Métodos físicos para mitigação de incrustações em operações de produção’ é o título do segundo projeto finalista que conta com a participação do Laboratório de Processos Químicos e Tecnologia de Partículas do IPT, sob a coordenação técnica do pesquisador Wagner Aldeia. A empresa petrolífera é a Petrobras e as três empresas parceiras são a Vallourec, a Magmax e a Hidromag. Além delas, o projeto conta com a participação das instituições CBPF, UFRJ, UFRGS, UFSC, UFES, UTFPR e UFPE. 
 
O projeto, que tem desenvolvido e disponibilizado a aplicação de tecnologias limpas (verdes) de campo magnético e ultrassom na mitigação de incrustações, é uma alternativa viabilizadora de diversas configurações de poços offshore.
 
Um extensivo estudo experimental em escalas bancada, piloto e operacional mapearam os possíveis mecanismos que regem a influência das tecnologias de campo magnético e ultrassom na cristalização de sais inorgânicos tais como partículas de carbonato, assim como em biofilmes, indicando a formação de compostos menos aderentes e mais friáveis. 
 
A aplicação bem-sucedida de um sub magnético em poço de terra (Campo de Serraria, no Rio Grande do Norte) motivou a pesquisa e o desenvolvimento de protótipos para aplicações no pré-sal. Os resultados expressivos obtidos na URS da plataforma da UN-BC, no qual aumentos de tempo entre limpezas foram obtidos na ordem de quatro vezes, motivaram a contratação massiva da tecnologia visando equipar todas as unidades operando para a Petrobras.

Experiências bem-sucedidas com a remoção química de incrustações assistidas por ultrassom de alta potência em hidrociclones Headers de produção (UN-ES) sinalizam para a implantação também desta tecnologia.
 
 

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