Resumo:
Na versão 3 da base de dados Ecoinvent foi apresentada uma nova forma de contabilização da água, que visa modelar todas as entradas e saídas de água para possibilitar o “balanço de água” em cada processo elementar. Além disso, para grande parte dos processos industriais, foram propostas taxas de evaporação padrão. Neste contexto, este artigo tem como objetivo analisar as novas premissas de contabilização de água do Ecoinvent, utilizando como objeto de estudo o processo de produção de 1 kg de bloco de concreto no Estado de São Paulo, bem como discutir o impacto dessas novas premissas nos resultados de ACV. O sistema de produto “bloco de concreto” foi escolhido por envolver diversos fluxos de água nos processos de fabricação, inclusive com reações químicas de hidratação. O procedimento metodológico envolveu a coleta de dados primários em fábricas, além da obtenção dos dados de água incorporada nos insumos com base em literatura. Para a estimativa dos fluxos de água de saída, adotaram-se dois procedimentos, considerando: (1) as taxas de evaporação padrão indicadas pelo Ecoinvent; (2) a reação de hidratação do cimento, a umidade do bloco e estimativas para evaporação e infiltração de água no solo. Compararam-se os fluxos de água modelados para o bloco de concreto conforme os dois procedimentos. Para cálculo de depleção de água utilizou-se o método ReCiPe Midpoint (versão 1.12 – Hierarchist). Verificou-se que a forma de modelagem implica em diferenças nos fluxos de água no âmbito da fábrica, pois as taxas de evaporação são muito distintas, mesmo considerando-se as incertezas associadas a estes fluxos. Entretanto, os resultados de depleção de água obtidos para as duas abordagens foram muito próximos e, além disso, os coeficientes de variação associados a estes resultados são muito altos. Isso se deve ao fato que grande parte do impacto em termos de depleção de água é proveniente dos processos à montante da fábrica de blocos, em particular da produção de energia hidroelétrica, sendo que estes processos possuem valores de incerteza altos declarados pelo Ecoinvent.
Referência:
ARDUIN, Rachel Horta; SILVA, Fernanda Belizario; CASTRO, Alessandra Lorenzetti de; VINHAL, Laís David; YOSHIDA, Olga Satomi; OLIVEIRA, Luciana Alves de; TEIXEIRA, Cláudia Echevenguá. Avaliação das novas premissas para contabilização de água do Ecoinvent v3: um estudo para o bloco de concreto. In: ENCONTRO BRASILEIRO EM GESTÃO DO CICLO DE VIDA, 5., 2016, Fortaleza. Anais… p. 551- 557.
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Na versão 3 da base de dados Ecoinvent foi apresentada uma nova forma de contabilização da água, que visa modelar todas as entradas e saídas de água para possibilitar o “balanço de água” em cada processo elementar. Além disso, para grande parte dos processos industriais, foram propostas taxas de evaporação padrão. Neste contexto, este artigo tem como objetivo analisar as novas premissas de contabilização de água do Ecoinvent, utilizando como objeto de estudo o processo de produção de 1 kg de bloco de concreto no Estado de São Paulo, bem como discutir o impacto dessas novas premissas nos resultados de ACV. O sistema de produto “bloco de concreto” foi escolhido por envolver diversos fluxos de água nos processos de fabricação, inclusive com reações químicas de hidratação. O procedimento metodológico envolveu a coleta de dados primários em fábricas, além da obtenção dos dados de água incorporada nos insumos com base em literatura. Para a estimativa dos fluxos de água de saída, adotaram-se dois procedimentos, considerando: (1) as taxas de evaporação padrão indicadas pelo Ecoinvent; (2) a reação de hidratação do cimento, a umidade do bloco e estimativas para evaporação e infiltração de água no solo. Compararam-se os fluxos de água modelados para o bloco de concreto conforme os dois procedimentos. Para cálculo de depleção de água utilizou-se o método ReCiPe Midpoint (versão 1.12 – Hierarchist). Verificou-se que a forma de modelagem implica em diferenças nos fluxos de água no âmbito da fábrica, pois as taxas de evaporação são muito distintas, mesmo considerando-se as incertezas associadas a estes fluxos. Entretanto, os resultados de depleção de água obtidos para as duas abordagens foram muito próximos e, além disso, os coeficientes de variação associados a estes resultados são muito altos. Isso se deve ao fato que grande parte do impacto em termos de depleção de água é proveniente dos processos à montante da fábrica de blocos, em particular da produção de energia hidroelétrica, sendo que estes processos possuem valores de incerteza altos declarados pelo Ecoinvent.
Referência:
ARDUIN, Rachel Horta; SILVA, Fernanda Belizario; CASTRO, Alessandra Lorenzetti de; VINHAL, Laís David; YOSHIDA, Olga Satomi; OLIVEIRA, Luciana Alves de; TEIXEIRA, Cláudia Echevenguá. Avaliação das novas premissas para contabilização de água do Ecoinvent v3: um estudo para o bloco de concreto. In: ENCONTRO BRASILEIRO EM GESTÃO DO CICLO DE VIDA, 5., 2016, Fortaleza. Anais… p. 551- 557.
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