Estudo estratégico da cadeia produtiva da indústria cerâmica no Estado de São Paulo: parte 4 indústria de louça e porcelana (mesa, utilitários e decoração), demanda mineral a análise de fatores de competitividade setorial

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Resumo:

Lamas geradas em decantadores de Estação de Tratamento de Água (ETA) têm sido incorporadas em argilas, principalmente para fabricação de cerâmica vermelha. Neste trabalho foi utilizado lodo da ETA do Sacavém, São Luís-MA e argila vermelha de Imperatriz-MA. A metodologia consistiu de ensaios de caracterização do lodo seco e da argila seca por Difração de Raios X, Fluorescência de Raios X, Microscopia Eletrônica de Varredura, Análise Térmica Diferencial e Termogravimétrica. Foram incorporados 5, 10, 15, 20 e 25% da massa do lodo na massa argilosa. Foram confeccionados 48 corpos de prova por prensagem uniaxial a 40 MPa e tratados a 950°C por 3 horas. Foram determinadas as propriedades físicas e mecânicas dos corpos por meio dos seguintes ensaios: Retração Linear de Queima, Absorção de Água, Tensão de Ruptura à Flexão, Porosidade Aparente, Perda ao Fogo e Massa Específica Aparente. Foi observado pela análise química de Fluorescência de Raios X que os componentes predominantes em forma de óxidos SiO2 , Al2 O3 e Fe2 O3 correspondem a aproximadamente 91% da composição do lodo e 89,2% da composição da argila, o que pode ter propiciado resultados positivos no processamento das misturas do lodo e argila e nas propriedades físico–mecânicas dos corpos de prova. Os resultados demonstraram que os valores de absorção de água variaram de acordo com os teores do lodo de ETA aplicados na argila e que todos os corpos de prova apresentaram valores de absorção de água inferiores a 25%, máximo permitido para produção de blocos cerâmicos. Verificou-se que os corpos de prova com a adição de até 15% de lodo na argila podem ser usados para fabricação de tijolos maciços.


Referência:
CABRAL JUNIOR, Marsis; AZEVEDO, Paulo Brito Moreira de; CUCHIERATO, Gláucia; MOTTA, José Francisco Marciano. Estudo estratégico da cadeia produtiva da indústria cerâmica no Estado de São Paulo: parte 4 indústria de louça e porcelana (mesa, utilitários e decoração), demanda mineral a análise de fatores de competitividade setorial. Cerâmica Industrial, v.24, n.4, p.13-28, jul./set., 2019.


Acesso ao artigo no site do Periódico:
https://www.ceramicaindustrial.org.br/article/doi/10.4322/cerind.2019.021

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