Fabricante tradicional têxtil, a Lupo iniciou em 2020 a produção de uma linha de máscaras para atender à demanda dos consumidores que surgiu com a pandemia do novo coronavírus. A empresa solicitou ao Laboratório de Química e Manufaturados do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) uma série de ensaios para avaliação das propriedades das máscaras.
Foram realizados ensaios baseados nos requisitos da prática recomendada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), PR 1002:2020 (ed. 2), para máscaras de proteção respiratória de uso não profissional – Guia de requisitos básicos para métodos de ensaio, fabricação e uso. Publicada em agosto de 2020, a norma técnica contém recomendações de fabricação, design, desempenho e uso, bem como os métodos de ensaio, para as máscaras de proteção respiratória de uso não profissional, que podem ser reutilizáveis ou descartáveis, e que são projetadas para reduzir o fator de risco de transmissão geral do agente infeccioso.
Os ensaios executados no IPT foram de eficiência de filtragem de partículas (EFP), que indica a capacidade de a máscara reter as partículas contidas no ar e/ou transmitidas pelo usuário; de respirabilidade, para avaliar o fluxo de ar através do material por diferencial de pressão, indicando a capacidade de a máscara ser respirável, e também uma inspeção visual, que avalia as condições gerais de integridade do produto e embalagem.
"Todos os ensaios, em especial o primeiro e o segundo mencionados acima, eram inéditos no laboratório e foram implementados em 2020 para o atendimento das demandas da pandemia", afirma a pesquisadora Rayana Santiago de Queiroz.
Segundo ela, os testes no IPT começaram inicialmente a ser realizados somente em máscaras cirúrgicas; após o lançamento da segunda edição da Prática Recomendada 1002, eles foram adequados para a avaliação das máscaras de uso geral, com especificações mais flexíveis.
O ensaio de eficiência de filtragem de partículas para máscaras cirúrgicas, por exemplo, trabalha com um nebulizador que carrega partículas de látex com tamanhos de cerca de 100 nanômetros, medida que se aproxima do tamanho de um vírus. O aerossol passa pela máscara e, ao final do teste, existe um contador de partículas que verifica quanto desse material a atravessou; no caso dos ensaios para máscaras de proteção respiratória de uso não profissional, a diferença é que a PR 1002 indica um tamanho de partículas maior (3.000 nanômetros, ao invés de 100), e também que a máscara cumpra uma eficiência de 70%.
RESULTADOS – O desempenho da máscara da Lupo nos ensaios do IPT foi bastante satisfatório, destacando-se na capacidade de filtragem e respirabilidade, atingindo índices recomendados pelas normas internacionais.
"Podemos dizer que esse foi um diferencial da Lupo, no compromisso de disponibilizar um produto de qualidade e segurança para o mercado, em muitos casos superior até às máscaras cirúrgicas, que envolve requisitos mais rigorosos", completa a pesquisadora.
"A Lupo sempre prezou pela qualidade de seus produtos, investindo fortemente em tecnologia e inovação. O resultado da pesquisa do IPT reforça que estamos no caminho certo no que tange aos nossos esforços como marca e também na colaboração do combate à pandemia", explica a diretora-presidente da Lupo, Liliana Aufiero.
Além disso, ainda em termos de inovação, é bom lembrar que as máscaras da Lupo são fabricadas com o fio de poliamida Amni Virus-Bac OFF da Rhodia, que foi submetido a ensaios de avaliação antibacteriana e antiviral pelo Laboratório de Biotecnologia Industrial do IPT.