O Palmeiras está prestes a se tornar o segundo dos times de futebol do Brasil a adotar a grama sintética em seu estádio – o primeiro foi o Athletico Paranense. Previsto para inauguração nesse mês, o novo gramado da equipe paulista reacendeu as discussões sobre vantagens e desvantagens do material para o esporte e também para os atletas brasileiros.
Similar à estrutura de um carpete, a grama sintética possui um arranjo considerado têxtil. “Trata-se de uma base de estrutura plana, na qual fios ou fibras (tufos), produzidos geralmente em polietileno, são introduzidos por meio de agulhas, formando uma superfície felpuda”, explica a pesquisadora Rayana Santiago de Queiroz, do Laboratório de Têxteis Técnicos e Produtos de Proteção do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
Depois de finalizada, aplica-se sobre a base um acabamento polimérico que vai garantir estabilidade dimensional para a grama, ou seja, aumentar a capacidade de manter seu tamanho original sob diferentes condições ambientais e de uso. Uma das principais vantagens do material é sua manutenção, mais barata e mais simples do que a de um gramado natural pois não há a necessidade de irrigação ou reparos de jardinagem, por exemplo.
Queiroz aponta que, apesar de existir a polêmica quanto às condições de jogo em gramado sintético e natural, toda a sua especificação técnica foi construída com base no desempenho da grama natural quando o material foi desenvolvido para utilização em espaços esportivos: “Principalmente em termos da interação jogador-grama e bola-grama, não existem diferenças de performance em tese”.
A pesquisadora lembra, no entanto, outros fatores que alteram essa interação: “A questão do conforto térmico e tátil é um problema relevante, porque a grama sintética retém mais calor, ocorrendo consequentemente a sua transferência para o jogador, e também pode causar lesões na pele de queimadura por fricção”.
DIFERENÇAS CLIMÁTICAS – Tradicionalmente mais utilizada em países de clima temperado, a grama sintética tem suas especificações para o esporte elaboradas pela Federação Internacional de Futebol (FIFA). “Principalmente em locais de invernos rigorosos, a manutenção da grama natural acaba sendo economicamente inviável”, diz ela. Segundo Queiroz, não é totalmente garantido que essas especificações atendam plenamente às condições climáticas de países tropicais, como é o caso do Brasil.
“Quando se fala em alterações climáticas de uma região para outra, a durabilidade da grama em função à exposição ultravioleta (UV) é um dos principais impactos”, afirma a pesquisadora. De acordo com a especificação internacional, é preciso realizar um envelhecimento da grama de cinco mil horas em câmara ultravioleta. Após o processo, o material é avaliado quanto à perda de resistência à tração e, caso atenda os valores estabelecidos, está aprovado dentro dos padrões da FIFA.
Além do ensaio de envelhecimento, o Laboratório de Têxteis Técnicos e Produtos de Proteção realiza a maior parte dos testes são solicitados pela entidade internacional do esporte. Entre eles, está a determinação do comportamento da bola ao rolar sobre o gramado e a absorção de impacto e deformação vertical.
Similar à estrutura de um carpete, a grama sintética possui um arranjo considerado têxtil. “Trata-se de uma base de estrutura plana, na qual fios ou fibras (tufos), produzidos geralmente em polietileno, são introduzidos por meio de agulhas, formando uma superfície felpuda”, explica a pesquisadora Rayana Santiago de Queiroz, do Laboratório de Têxteis Técnicos e Produtos de Proteção do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
Depois de finalizada, aplica-se sobre a base um acabamento polimérico que vai garantir estabilidade dimensional para a grama, ou seja, aumentar a capacidade de manter seu tamanho original sob diferentes condições ambientais e de uso. Uma das principais vantagens do material é sua manutenção, mais barata e mais simples do que a de um gramado natural pois não há a necessidade de irrigação ou reparos de jardinagem, por exemplo.
Queiroz aponta que, apesar de existir a polêmica quanto às condições de jogo em gramado sintético e natural, toda a sua especificação técnica foi construída com base no desempenho da grama natural quando o material foi desenvolvido para utilização em espaços esportivos: “Principalmente em termos da interação jogador-grama e bola-grama, não existem diferenças de performance em tese”.
A pesquisadora lembra, no entanto, outros fatores que alteram essa interação: “A questão do conforto térmico e tátil é um problema relevante, porque a grama sintética retém mais calor, ocorrendo consequentemente a sua transferência para o jogador, e também pode causar lesões na pele de queimadura por fricção”.
DIFERENÇAS CLIMÁTICAS – Tradicionalmente mais utilizada em países de clima temperado, a grama sintética tem suas especificações para o esporte elaboradas pela Federação Internacional de Futebol (FIFA). “Principalmente em locais de invernos rigorosos, a manutenção da grama natural acaba sendo economicamente inviável”, diz ela. Segundo Queiroz, não é totalmente garantido que essas especificações atendam plenamente às condições climáticas de países tropicais, como é o caso do Brasil.
“Quando se fala em alterações climáticas de uma região para outra, a durabilidade da grama em função à exposição ultravioleta (UV) é um dos principais impactos”, afirma a pesquisadora. De acordo com a especificação internacional, é preciso realizar um envelhecimento da grama de cinco mil horas em câmara ultravioleta. Após o processo, o material é avaliado quanto à perda de resistência à tração e, caso atenda os valores estabelecidos, está aprovado dentro dos padrões da FIFA.
Além do ensaio de envelhecimento, o Laboratório de Têxteis Técnicos e Produtos de Proteção realiza a maior parte dos testes são solicitados pela entidade internacional do esporte. Entre eles, está a determinação do comportamento da bola ao rolar sobre o gramado e a absorção de impacto e deformação vertical.