O uso off label de seringas para injeções intravítreas (ou intraoculares) em oftalmologia é cada vez maior por conta de sua eficiência reconhecida no tratamento da degeneração macular relacionada à idade, doença que ocorre em uma parte da retina chamada mácula e que leva à perda progressiva da visão central. O processo de fabricação da maior parte das seringas comercialmente disponíveis no Brasil envolve a siliconização da superfície interna do corpo da seringa, o que auxilia a reduzir a força para iniciar o movimento do êmbolo e seu deslizamento – este atrito, no entanto, pode trazer como consequência a introdução de gotículas de óleo de silicone nos olhos dos pacientes durante a aplicação.
Um estudo sobre o tema coordenado pelo médico Gustavo Barreto Melo, do Hospital de Olhos de Sergipe, acaba de ser reconhecido com o Prêmio Presidente da Academia Nacional de Medicina na Secção Medicina. O projeto foi feito em parceria com profissionais do Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), do Retina Center of Minnesota (EUA), do Instituto Paulista de Estudos e Pesquisas em Oftalmologia (Ipepo) e do Laboratório de Análises Químicas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O termo off label é usado para se referir a um uso diferente do aprovado em bula, ou ao uso de um produto não registrado no órgão regulatório de vigilância sanitária no País.
Para este procedimento, a aplicação da injeção é feita diretamente no olho, liberando os medicamentos em um local denominado vítreo (ou humor vítreo). Gotículas de óleo de silicone na região já haviam sido identificadas em estudos clínicos realizados em outros países – considerando que as seringas seriam as mais prováveis fontes da presença de gotas de óleo nos olhos dos sujeitos que foram submetidas a injeções intravítreas, a finalidade do estudo foi avaliar o desempenho de oito marcas de seringas, usadas sob as mais diversas condições.
O grupo de trabalho brasileiro identificou, em seu levantamento, gotículas no vítreo de 68% e 75% de 37 olhos de pacientes consecutivos tratados com injeções intravítreas em avaliações com lâmpada de fenda e ultrassonografia, respectivamente. A análise do material extraído da ponta interna do êmbolo, feita por espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), foi realizada no laboratório do IPT pela pesquisadora Shoko Ota para identificar o composto em cada seringa e foi indicada a presença do composto posiloxano – o óleo de silicone – em todas as seringas, exceto em um dos modelos.
Os Prêmios da Academia Nacional de Medicina, fundada sob o reinado do imperador D. Pedro I em 30 de junho de 1829, têm o objetivo de homenagear trabalhos inéditos que contribuam substantivamente para o conhecimento em alguma área da Medicina, podendo ser concorrentes médicos do Brasil, individual ou coletivamente, nas categorias Prêmio Academia Nacional de Medicina: Área de Cirurgia e Prêmio Presidente da Academia Nacional de Medicina, com três prêmios nas secções Medicina, Cirurgia e Ciências Aplicadas à Medicina.
Um estudo sobre o tema coordenado pelo médico Gustavo Barreto Melo, do Hospital de Olhos de Sergipe, acaba de ser reconhecido com o Prêmio Presidente da Academia Nacional de Medicina na Secção Medicina. O projeto foi feito em parceria com profissionais do Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), do Retina Center of Minnesota (EUA), do Instituto Paulista de Estudos e Pesquisas em Oftalmologia (Ipepo) e do Laboratório de Análises Químicas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O termo off label é usado para se referir a um uso diferente do aprovado em bula, ou ao uso de um produto não registrado no órgão regulatório de vigilância sanitária no País.
Para este procedimento, a aplicação da injeção é feita diretamente no olho, liberando os medicamentos em um local denominado vítreo (ou humor vítreo). Gotículas de óleo de silicone na região já haviam sido identificadas em estudos clínicos realizados em outros países – considerando que as seringas seriam as mais prováveis fontes da presença de gotas de óleo nos olhos dos sujeitos que foram submetidas a injeções intravítreas, a finalidade do estudo foi avaliar o desempenho de oito marcas de seringas, usadas sob as mais diversas condições.
O grupo de trabalho brasileiro identificou, em seu levantamento, gotículas no vítreo de 68% e 75% de 37 olhos de pacientes consecutivos tratados com injeções intravítreas em avaliações com lâmpada de fenda e ultrassonografia, respectivamente. A análise do material extraído da ponta interna do êmbolo, feita por espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), foi realizada no laboratório do IPT pela pesquisadora Shoko Ota para identificar o composto em cada seringa e foi indicada a presença do composto posiloxano – o óleo de silicone – em todas as seringas, exceto em um dos modelos.
Os Prêmios da Academia Nacional de Medicina, fundada sob o reinado do imperador D. Pedro I em 30 de junho de 1829, têm o objetivo de homenagear trabalhos inéditos que contribuam substantivamente para o conhecimento em alguma área da Medicina, podendo ser concorrentes médicos do Brasil, individual ou coletivamente, nas categorias Prêmio Academia Nacional de Medicina: Área de Cirurgia e Prêmio Presidente da Academia Nacional de Medicina, com três prêmios nas secções Medicina, Cirurgia e Ciências Aplicadas à Medicina.