A Polícia Militar de São Paulo (PMSP) solicitou ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) a execução de ensaios de análise química para a avaliação do teor dos capsaicinóides em espargidores (sprays) de gás pimenta e também testes de alcance para medir a cobertura dos jatos em local aberto. Os sprays são dispositivos de defesa para uso exclusivo de órgãos de segurança, como polícias e guardas municipais, e das Forças Armadas, principalmente para dispersão de multidões.
A capsaicina é um tipo de capsaicinóide, um composto químico encontrado em todas as pimentas (sobretudo as vermelhas e picantes), que confere a elas uma ardência bastante característica. O composto produz uma sensação de ardor, irritação e queimação em qualquer tecido com o qual entre em contato.
Os sprays de gás pimenta funcionam como um tubo de desodorante aerossol: eles são, na maioria das vezes, recipientes cilíndricos, com uma válvula que orienta a direção e possuem um botão acionador. Foi entregue para análise pela PMSP um lote de 58 latas, entre modelos de uso coletivo e individual, explica a pesquisadora Helena Lima de Araújo Gloria, do Laboratório de Análises Químicas do IPT: “Parte delas foi utilizada para o teste de alcance, e o maior número das latas para as análises químicas. O objetivo era saber se os fornecedores estavam entregando um produto com os teores indicados de substâncias, e se a pressão do gás atuava de acordo com o esperado”.
A pesquisadora Jamille Moreira Moraes e sua equipe desenvolveram uma metodologia específica para as determinações. Um ponto crítico para a análise dos sprays foi a retirada da substância contida na embalagem, porque o método precisou contemplar uma manipulação que não acarretasse perdas e/ou contaminação do produto, o que é essencial para aumentar a exatidão das medições.
A pesquisadora desenvolveu também o método analítico para a determinação da concentração da capsaicina. Os resultados para o teor de capsaicionóides nos sprays indicaram que, considerando a média de todos os materiais testados, o produto estava de acordo com o especificado na ficha técnica do fabricante. Isso significa que os resultados atenderam as especificações de segurança do produto, ou seja, os sprays têm um desempenho eficiente e não causam riscos graves às pessoas atingidas.
Além da análise química, foi avaliado o alcance do jato de spray, em testes realizados nas dependências do campus do IPT, com apoio de montagem da estrutura do painel do alcance do jato pelo Laboratório de Segurança ao Fogo e a Explosões do Instituto. Como não existem normas técnicas para executar os ensaios, a equipe do laboratório elaborou uma metodologia para confirmar o alcance do jato a partir das informações da Polícia Militar e da aplicação do produto.
“Os ensaios foram feitos em ambiente aberto para reproduzir as condições reais de uso dos sprays, além de garantir a segurança da equipe envolvida, o que não ocorreria em um ambiente fechado”, ressalta Helena.
Com base nos resultados apresentados para o teste de alcance, foi possível afirmar que os sprays testados alcançaram o alvo a partir da distância proposta pelo fabricante, ou seja, dois e cinco metros para modelos de uso individual e de uso coletivo, respectivamente.
A capsaicina é um tipo de capsaicinóide, um composto químico encontrado em todas as pimentas (sobretudo as vermelhas e picantes), que confere a elas uma ardência bastante característica. O composto produz uma sensação de ardor, irritação e queimação em qualquer tecido com o qual entre em contato.
Os sprays de gás pimenta funcionam como um tubo de desodorante aerossol: eles são, na maioria das vezes, recipientes cilíndricos, com uma válvula que orienta a direção e possuem um botão acionador. Foi entregue para análise pela PMSP um lote de 58 latas, entre modelos de uso coletivo e individual, explica a pesquisadora Helena Lima de Araújo Gloria, do Laboratório de Análises Químicas do IPT: “Parte delas foi utilizada para o teste de alcance, e o maior número das latas para as análises químicas. O objetivo era saber se os fornecedores estavam entregando um produto com os teores indicados de substâncias, e se a pressão do gás atuava de acordo com o esperado”.
A pesquisadora Jamille Moreira Moraes e sua equipe desenvolveram uma metodologia específica para as determinações. Um ponto crítico para a análise dos sprays foi a retirada da substância contida na embalagem, porque o método precisou contemplar uma manipulação que não acarretasse perdas e/ou contaminação do produto, o que é essencial para aumentar a exatidão das medições.
A pesquisadora desenvolveu também o método analítico para a determinação da concentração da capsaicina. Os resultados para o teor de capsaicionóides nos sprays indicaram que, considerando a média de todos os materiais testados, o produto estava de acordo com o especificado na ficha técnica do fabricante. Isso significa que os resultados atenderam as especificações de segurança do produto, ou seja, os sprays têm um desempenho eficiente e não causam riscos graves às pessoas atingidas.
Além da análise química, foi avaliado o alcance do jato de spray, em testes realizados nas dependências do campus do IPT, com apoio de montagem da estrutura do painel do alcance do jato pelo Laboratório de Segurança ao Fogo e a Explosões do Instituto. Como não existem normas técnicas para executar os ensaios, a equipe do laboratório elaborou uma metodologia para confirmar o alcance do jato a partir das informações da Polícia Militar e da aplicação do produto.
“Os ensaios foram feitos em ambiente aberto para reproduzir as condições reais de uso dos sprays, além de garantir a segurança da equipe envolvida, o que não ocorreria em um ambiente fechado”, ressalta Helena.
Com base nos resultados apresentados para o teste de alcance, foi possível afirmar que os sprays testados alcançaram o alvo a partir da distância proposta pelo fabricante, ou seja, dois e cinco metros para modelos de uso individual e de uso coletivo, respectivamente.