Com o objetivo de melhorar o desempenho de motores e contribuir com a economia de combustíveis, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), estudou a adição de três tipos de nanopartículas a óleos lubrificantes. Nanografite, nanoargila e nanonitreto tiveram testadas a sua influência nas propriedades físicas e térmicas dos lubrificantes.
O tema para o estudo, realizado por meio de um projeto de capacitação do Laboratório de Processos Químicos e Tecnologia de Partículas e do Laboratório de Combustíveis e Lubrificantes, ambos do IPT, foi escolhido a partir da intersecção das competências das duas áreas.
A lubrificação consiste na formação de uma película de óleo entre dois corpos para impedir o contato direto entre eles, evitando-se assim o desgaste dos materiais causado por atrito. As nanopartículas, quando adicionadas a um óleo lubrificante, se depositam em áreas que o óleo tradicional não alcança e reduzem o atrito entre as peças.
Adriana Garcia, pesquisadora do IPT, afirma que os óleos lubrificantes precisam suportar um grande desgaste dentro do motor de carros ou máquinas agrícolas. “Fizemos uma pesquisa bibliográfica em busca de quais tipos de nanopartículas poderíamos adicionar ao óleo para aumentar a resistência entre as peças metálicas, diminuir a temperatura e aumentar seu tempo de uso dentro do motor”, conta ela.
As nanopartículas escolhidas passaram por diversos testes para analisar como se dava sua dispersão em um óleo base, como análise de área superficial, morfológica e termogravimétrica. A nanoargila, por sofrer decantação nos testes, foi descartada como um dos possíveis aditivos aos lubrificantes. O nanonitreto e o nanografite apresentaram bons resultados.
“Percebemos que, até um determinado valor de concentração de nanopartículas, a viscosidade do óleo aumentava. Caso esse valor fosse ultrapassado, a característica era perdida, então definimos um limite”, explica a pesquisadora. A viscosidade é uma propriedade física que caracteriza a resistência de um fluído ao escoamento. Quanto mais viscoso é o óleo, maior é sua resistência à tensão gerada dentro dos motores.
Porém, durante a pesquisa, notou-se que o aumento da viscosidade gerava também um aumento na abrasividade do produto. Ou seja, o óleo poderia provocar um desgaste maior das peças. Portanto, por essa característica, os óleos lubrificantes aditivados com nanopartículas de nanografite e nanonitreto não são recomendados para veículos comuns de passeio, e sim para máquinas de uso agrícola porque a abrasividade é desejável e suas outras propriedades melhoradas, como a lubrificação potencializada e estabilidade térmica prolongada.
O tema para o estudo, realizado por meio de um projeto de capacitação do Laboratório de Processos Químicos e Tecnologia de Partículas e do Laboratório de Combustíveis e Lubrificantes, ambos do IPT, foi escolhido a partir da intersecção das competências das duas áreas.
A lubrificação consiste na formação de uma película de óleo entre dois corpos para impedir o contato direto entre eles, evitando-se assim o desgaste dos materiais causado por atrito. As nanopartículas, quando adicionadas a um óleo lubrificante, se depositam em áreas que o óleo tradicional não alcança e reduzem o atrito entre as peças.
Adriana Garcia, pesquisadora do IPT, afirma que os óleos lubrificantes precisam suportar um grande desgaste dentro do motor de carros ou máquinas agrícolas. “Fizemos uma pesquisa bibliográfica em busca de quais tipos de nanopartículas poderíamos adicionar ao óleo para aumentar a resistência entre as peças metálicas, diminuir a temperatura e aumentar seu tempo de uso dentro do motor”, conta ela.
As nanopartículas escolhidas passaram por diversos testes para analisar como se dava sua dispersão em um óleo base, como análise de área superficial, morfológica e termogravimétrica. A nanoargila, por sofrer decantação nos testes, foi descartada como um dos possíveis aditivos aos lubrificantes. O nanonitreto e o nanografite apresentaram bons resultados.
“Percebemos que, até um determinado valor de concentração de nanopartículas, a viscosidade do óleo aumentava. Caso esse valor fosse ultrapassado, a característica era perdida, então definimos um limite”, explica a pesquisadora. A viscosidade é uma propriedade física que caracteriza a resistência de um fluído ao escoamento. Quanto mais viscoso é o óleo, maior é sua resistência à tensão gerada dentro dos motores.
Porém, durante a pesquisa, notou-se que o aumento da viscosidade gerava também um aumento na abrasividade do produto. Ou seja, o óleo poderia provocar um desgaste maior das peças. Portanto, por essa característica, os óleos lubrificantes aditivados com nanopartículas de nanografite e nanonitreto não são recomendados para veículos comuns de passeio, e sim para máquinas de uso agrícola porque a abrasividade é desejável e suas outras propriedades melhoradas, como a lubrificação potencializada e estabilidade térmica prolongada.