Por dentro das microcápsulas

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A produção brasileira de micropartículas, microcápsulas e microfibras poderá contar com a capacitação do IPT para ensaios de avaliação da morfologia interna, que têm por objetivo a otimização da aplicação de microestruturas em projetos e produtos de diferentes mercados.

Visualização de microcápsulas de estrutura compacta...
Visualização de microcápsulas de estrutura compacta…
...de microcápsulas de estrutura matricial, mais porosa...
…de microcápsulas de estrutura matricial, mais porosa…
...e de microcápsulas casca-núcleo: estrutura influencia na funcionalidade e aplicação das suibstâncias encapsuladas
…e de microcápsulas casca-núcleo: estrutura influencia na funcionalidade e aplicação das suibstâncias encapsuladas
A capacitação foi adquirida ao longo de um projeto Embrapii em desenvolvimento pelo Laboratório de Processos Químicos e Tecnologia de Partículas. Em face da dificuldade de avaliar a estrutura interna das partículas sintetizadas no projeto, a equipe se capacitou em um método de preparo de amostras-base na utilização de um equipamento chamado criomicrótomo, que possibilita o acondicionamento das partículas em temperaturas da ordem de -35°C e o corte das mesmas em ‘fatias’ de até um micrômetro de espessura.

Depois de realizado o corte do material, segue-se a análise da morfologia interna das partículas com o emprego dos microscópios eletrônicos de varredura do Instituto. “O laboratório já possuía um método de corte das partículas, feito com feixe de íons. O problema é que tal método é mais dispendioso em termos de custo e tempo de análise”, explica Denivaldo Ribeiro Mota, pesquisador do laboratório. “Com o uso do criomicrótomo, foi possível analisar as partículas em maior quantidade, reduzindo o tempo de análise e aumentando a representatividade da amostragem”.

O método tem possibilitado a identificação de diferentes tipos de estrutura de partículas (compacta, matricial e casca-núcleo, como mostram as imagens) e auxiliado na tomada de decisão em projetos, no que tange a escolha de reagentes e processos de síntese das partículas. Renato Rosafa Gavioli, pesquisador do laboratório, acredita que o método apresenta potencial para aplicação em diversos mercados, uma vez que já é empregado fora do País, mas ainda tem pouca difusão no Brasil.

“O universo de microcápsulas é apenas uma das possibilidades de aplicação do método. Outra alternativa é a avaliação da seção transversal de microfibras poliméricas, tais como as constituintes de fios dentais e tecidos”, exemplifica. “Atualmente, muitos segmentos trabalham com microencapsulação. Por questões financeiras e de tempo, pode ser mais vantajoso para algumas empresas nacionais e multinacionais realizar esse tipo de ensaio no Brasil”, aponta.

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