O auditório do Sesc-Santos recebeu na última quarta-feira, dia 08 de março, diversos membros de órgãos públicos, atores envolvidos na cadeia de resíduos sólidos (incluindo cooperativa de catadores, empresas de coleta e de reciclagem e organizações não-governamentais) e representantes da sociedade civil para a 1ª Oficina Regional do projeto de elaboração do Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Baixada Santista (PRGIRS/BS). O objetivo do evento foi apresentar e explicar à população as bases e etapas do trabalho, além de ouvir propostas e opiniões dos diversos membros envolvidos na questão dos resíduos no litoral, visando à tomada de decisões de maneira participativa e inclusiva.
A primeira parte do evento contou com apresentações de Nestor Kenji Yoshikawa e Claudia Echevenguá Teixeira, ambos do Laboratório de Resíduos e Áreas Contaminadas do IPT, e também com a exibição de um vídeo elaborado pela equipe do laboratório para divulgação didática do projeto. Em seguida, os cerca de 100 participantes presentes foram separados em seis grupos multidisciplinares, sendo que cada grupo foi convidado a refletir sobre um aspecto da questão dos resíduos na Baixada: técnico, financeiro-econômico, ambiental, político-legal, institucional-organizacional e sócio-cultural.
Seis representantes dos grupos apresentaram as dificuldades, dilemas e soluções discutidas durante a dinâmica, com um tempo posterior para esclarecimento das dúvidas dos demais presentes. Em seguida, Claudia detalhou as etapas e a estruturação do projeto, seguida por Marcos Augusto Ferreira, assessor de imprensa da Agência Metropolitana da Baixada Santista, que apresentou ao público o hotsite criado para a divulgação dos relatórios, resultados parciais e novidades do projeto à população.
APRESENTAÇÕES – O prefeito do município de Praia Grande, Alberto Mourão, abriu o evento discursando sobre a importância da existência de um apoio técnico-científico no planejamento de uma gestão mais consciente dos resíduos sólidos na Baixada Santista. “Existem muitos avanços nas tecnologias [de tratamento de resíduos], e precisamos encontrar aquela mais adequada à realidade financeira dos municípios. A união das cidades e o trabalho baseado em informação são o mote para encontrarmos uma solução definitiva para essa questão [dos resíduos]”.
Logo após, Yoshikawa iniciou sua apresentação explicando que a oficina foi, antes de tudo, uma mobilização dos chamados players da questão dos resíduos sólidos urbanos no litoral – tomadores de decisão e formadores de opinião a respeito do assunto na sociedade. “Essa primeira oficina serve para entender as demandas e preocupações das principais entidades relacionadas à questão dos resíduos na Baixada. A participação desses atores no projeto é fundamental para que possamos montar um cenário de caracterização do problema”, explicou.
Cláudia apresentou a estrutura do projeto, destacando a importância do levantamento de informações e dados em sua primeira fase – momento em que a colaboração dos players é fundamental para efetividade do projeto. Como pano de fundo, ela explicou que é preciso encontrar soluções para a gestão das cerca de 1.700 toneladas de resíduos geradas por dia na região. “O desafio é lidar com uma matéria-prima heterogênea e criar mecanismos para agregar algum valor a ela”, enfatizou. “Agregar valor significa reciclar, recolocar a matéria-prima na indústria, gerar alguma forma de energia ou gerar matéria química secundária, entre outras soluções”.
A pesquisadora do IPT também ressaltou que o projeto tem como base o incentivo à reciclagem, a inclusão social e a articulação entre as esferas do poder público e do setor empresarial, aspectos previstos na Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010.
“Precisamos ter consciência de que é preciso haver a inclusão de tecnologias e investimentos, inclusive privados. Sem a indústria de consumação, não há como os resíduos retornarem à cadeia como fonte de matéria-prima ou energia”, avaliou. “A tomada de decisão em um problema extremamente complexo, ‘multifator’ e ‘multiatores’, e que envolve tantos aspectos e interesses em busca de uma gestão integrada e mais sustentável dos resíduos, exige a participação de todos para chegar a uma solução que efetivamente saia do papel”.
DINÂMICA – Uma dinâmica foi baseada em uma pesquisa online realizada previamente pela equipe do laboratório do IPT com os inscritos no evento, que procurou entender os fatores considerados mais importantes pelos participantes para uma boa gestão dos resíduos, considerando seis aspectos principais pré-definidos e norteadores do projeto: técnico, econômico, ambiental, político-legal, institucional-organizacional e sócio-cultural.
A divisão dos grupos foi elaborada de maneira a torná-los multifacetados – profissionais de ramos e setores distintos integrando diferentes demandas e preocupações – e que cada um deles se encarregasse de um dos aspectos contemplados na pesquisa prévia. Os presentes então se reuniram em seis grupos e discutiram por cerca de meia hora dificuldades, problemas, oportunidades e soluções a respeito do aspecto pelo qual estavam responsáveis.
Em seguida, um representante de cada grupo apresentou o resultado do debate coletivo. Temas como a viabilização de uma cadeia logística da reciclagem (incluindo mecanismos de logística reversa), educação ambiental da população (relativa à geração e ao tratamento) e redução de extração e consumo de recursos naturais estiveram presentes em boa parte das apresentações.
Também foram levantadas questões como a burocratização dos recursos destinados ao tratamento de resíduos, a competência técnica e disposição das organizações governamentais, alinhamento das legislações dos municípios, obstáculos à geração de energia a partir dos resíduos (levando em conta incineração e tratamentos biológicos) e inclusão social no processo de estruturação das soluções relativas à gestão dos resíduos.
A primeira parte do evento contou com apresentações de Nestor Kenji Yoshikawa e Claudia Echevenguá Teixeira, ambos do Laboratório de Resíduos e Áreas Contaminadas do IPT, e também com a exibição de um vídeo elaborado pela equipe do laboratório para divulgação didática do projeto. Em seguida, os cerca de 100 participantes presentes foram separados em seis grupos multidisciplinares, sendo que cada grupo foi convidado a refletir sobre um aspecto da questão dos resíduos na Baixada: técnico, financeiro-econômico, ambiental, político-legal, institucional-organizacional e sócio-cultural.
Seis representantes dos grupos apresentaram as dificuldades, dilemas e soluções discutidas durante a dinâmica, com um tempo posterior para esclarecimento das dúvidas dos demais presentes. Em seguida, Claudia detalhou as etapas e a estruturação do projeto, seguida por Marcos Augusto Ferreira, assessor de imprensa da Agência Metropolitana da Baixada Santista, que apresentou ao público o hotsite criado para a divulgação dos relatórios, resultados parciais e novidades do projeto à população.
APRESENTAÇÕES – O prefeito do município de Praia Grande, Alberto Mourão, abriu o evento discursando sobre a importância da existência de um apoio técnico-científico no planejamento de uma gestão mais consciente dos resíduos sólidos na Baixada Santista. “Existem muitos avanços nas tecnologias [de tratamento de resíduos], e precisamos encontrar aquela mais adequada à realidade financeira dos municípios. A união das cidades e o trabalho baseado em informação são o mote para encontrarmos uma solução definitiva para essa questão [dos resíduos]”.
Logo após, Yoshikawa iniciou sua apresentação explicando que a oficina foi, antes de tudo, uma mobilização dos chamados players da questão dos resíduos sólidos urbanos no litoral – tomadores de decisão e formadores de opinião a respeito do assunto na sociedade. “Essa primeira oficina serve para entender as demandas e preocupações das principais entidades relacionadas à questão dos resíduos na Baixada. A participação desses atores no projeto é fundamental para que possamos montar um cenário de caracterização do problema”, explicou.
Cláudia apresentou a estrutura do projeto, destacando a importância do levantamento de informações e dados em sua primeira fase – momento em que a colaboração dos players é fundamental para efetividade do projeto. Como pano de fundo, ela explicou que é preciso encontrar soluções para a gestão das cerca de 1.700 toneladas de resíduos geradas por dia na região. “O desafio é lidar com uma matéria-prima heterogênea e criar mecanismos para agregar algum valor a ela”, enfatizou. “Agregar valor significa reciclar, recolocar a matéria-prima na indústria, gerar alguma forma de energia ou gerar matéria química secundária, entre outras soluções”.
A pesquisadora do IPT também ressaltou que o projeto tem como base o incentivo à reciclagem, a inclusão social e a articulação entre as esferas do poder público e do setor empresarial, aspectos previstos na Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010.
“Precisamos ter consciência de que é preciso haver a inclusão de tecnologias e investimentos, inclusive privados. Sem a indústria de consumação, não há como os resíduos retornarem à cadeia como fonte de matéria-prima ou energia”, avaliou. “A tomada de decisão em um problema extremamente complexo, ‘multifator’ e ‘multiatores’, e que envolve tantos aspectos e interesses em busca de uma gestão integrada e mais sustentável dos resíduos, exige a participação de todos para chegar a uma solução que efetivamente saia do papel”.
DINÂMICA – Uma dinâmica foi baseada em uma pesquisa online realizada previamente pela equipe do laboratório do IPT com os inscritos no evento, que procurou entender os fatores considerados mais importantes pelos participantes para uma boa gestão dos resíduos, considerando seis aspectos principais pré-definidos e norteadores do projeto: técnico, econômico, ambiental, político-legal, institucional-organizacional e sócio-cultural.
A divisão dos grupos foi elaborada de maneira a torná-los multifacetados – profissionais de ramos e setores distintos integrando diferentes demandas e preocupações – e que cada um deles se encarregasse de um dos aspectos contemplados na pesquisa prévia. Os presentes então se reuniram em seis grupos e discutiram por cerca de meia hora dificuldades, problemas, oportunidades e soluções a respeito do aspecto pelo qual estavam responsáveis.
Em seguida, um representante de cada grupo apresentou o resultado do debate coletivo. Temas como a viabilização de uma cadeia logística da reciclagem (incluindo mecanismos de logística reversa), educação ambiental da população (relativa à geração e ao tratamento) e redução de extração e consumo de recursos naturais estiveram presentes em boa parte das apresentações.
Também foram levantadas questões como a burocratização dos recursos destinados ao tratamento de resíduos, a competência técnica e disposição das organizações governamentais, alinhamento das legislações dos municípios, obstáculos à geração de energia a partir dos resíduos (levando em conta incineração e tratamentos biológicos) e inclusão social no processo de estruturação das soluções relativas à gestão dos resíduos.