Informações das linhas de produção das fábricas em tempo real, precisas e otimizadas: essas são as principais vantagens oferecidas por um software desenvolvido na Seção de Automação, Governança e Mobilidade Digital do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), com foco na indústria brasileira de bebidas.
O software foi desenvolvido pelos pesquisadores Mauro Kendi Noda e Antônio Carlos Oliveira Amorim, que enxergaram a possibilidade de dar nova função e aplicabilidade aos Sistemas de Medição de Vazão (SMV), obrigatórios às fábricas de bebidas até 2006 e substituídos pelo Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe) em 2010, de acordo com as regras da Receita Federal. Incorporada ao SMV, a solução tecnológica é capaz de fazer a aquisição de dados a respeito de volume, condutividade e temperatura das substâncias circulantes na linha de produção, além de identificar a natureza das substâncias, classificando-as como produto (bebida), material de limpeza ou água para higienização.
O software registra as informações e envia-as a um servidor de FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de Arquivos), local em que serão classificadas e armazenadas em um banco de dados. A partir daí, um operador pode ter acesso ao sistema a fim de fazer uma qualificação mais detalhada dos produtos envasados – tipo de bebida produzida, por exemplo – e ter uma visualização parcial dos dados relativos à sua linha de produção. A terceira aplicação do software consiste na criação de um data warehouse das informações coletadas e registradas, depósito digital de dados capaz de originar e organizar relatórios otimizados de todas as linhas de produção. Com as três aplicações, a ferramenta permite auxiliar na tomada de decisões estratégicas pelos executivos das empresas, pois conta ainda com um sistema de inteligência de negócios (BI – Business Inteligence), implementado com o software livre Pentaho.
Segundo Noda, a lógica de funcionamento do software permite que ele seja útil a diversos setores das fábricas, do operacional ao gerencial. “A solução serve para o pessoal que opera as linhas de produção das fábricas e para a equipe laboratorial, que pode verificar se ocorreram erros ou problemas durante o processo de envasamento, e também ao pessoal gerencial e à equipe corporativa, que pode obter informações de todas as fábricas ou de uma linha de produção determinada, em tempo real”, detalha.
Além de inovar a partir de um sistema que não seria mais utilizado pelas indústrias, Amorim explica que o software permite a precisão com relação aos dados registrados, além de acelerar o acesso às informações. “Antes, o sistema era todo manual, não havia dados online. As planilhas eram manuscritas, havia informações imprecisas e era necessária a entrada dos dados no sistema. Com as informações em tempo real e a implementação do data warehouse e do sistema de BI, é possível prover relatórios precisos e consolidados, de acordo com a inteligência de negócio do cliente”.
Além das vantagens ao cliente, os pesquisadores destacam que o software ajuda na segurança do consumidor final, uma vez que evita que substâncias estranhas ao produto, como materiais de limpeza, sejam envasadas durante o processo. “Há uma precisão sobre o que está sendo engarrafado por meio das medições do sistema. Se o sistema detecta que o material em processo de envase não é produto, ele pode interromper a operação”, explica Amorim.
O software já passou por testes e, atualmente, é aplicado nas fábricas de uma multinacional do ramo de cervejas. Registrada em 2014, a propriedade intelectual é do IPT e está disponível a empresas do ramo de bebidas que ainda tenham o SMV instalado.
O software foi desenvolvido pelos pesquisadores Mauro Kendi Noda e Antônio Carlos Oliveira Amorim, que enxergaram a possibilidade de dar nova função e aplicabilidade aos Sistemas de Medição de Vazão (SMV), obrigatórios às fábricas de bebidas até 2006 e substituídos pelo Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe) em 2010, de acordo com as regras da Receita Federal. Incorporada ao SMV, a solução tecnológica é capaz de fazer a aquisição de dados a respeito de volume, condutividade e temperatura das substâncias circulantes na linha de produção, além de identificar a natureza das substâncias, classificando-as como produto (bebida), material de limpeza ou água para higienização.
O software registra as informações e envia-as a um servidor de FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de Arquivos), local em que serão classificadas e armazenadas em um banco de dados. A partir daí, um operador pode ter acesso ao sistema a fim de fazer uma qualificação mais detalhada dos produtos envasados – tipo de bebida produzida, por exemplo – e ter uma visualização parcial dos dados relativos à sua linha de produção. A terceira aplicação do software consiste na criação de um data warehouse das informações coletadas e registradas, depósito digital de dados capaz de originar e organizar relatórios otimizados de todas as linhas de produção. Com as três aplicações, a ferramenta permite auxiliar na tomada de decisões estratégicas pelos executivos das empresas, pois conta ainda com um sistema de inteligência de negócios (BI – Business Inteligence), implementado com o software livre Pentaho.
Segundo Noda, a lógica de funcionamento do software permite que ele seja útil a diversos setores das fábricas, do operacional ao gerencial. “A solução serve para o pessoal que opera as linhas de produção das fábricas e para a equipe laboratorial, que pode verificar se ocorreram erros ou problemas durante o processo de envasamento, e também ao pessoal gerencial e à equipe corporativa, que pode obter informações de todas as fábricas ou de uma linha de produção determinada, em tempo real”, detalha.
Além de inovar a partir de um sistema que não seria mais utilizado pelas indústrias, Amorim explica que o software permite a precisão com relação aos dados registrados, além de acelerar o acesso às informações. “Antes, o sistema era todo manual, não havia dados online. As planilhas eram manuscritas, havia informações imprecisas e era necessária a entrada dos dados no sistema. Com as informações em tempo real e a implementação do data warehouse e do sistema de BI, é possível prover relatórios precisos e consolidados, de acordo com a inteligência de negócio do cliente”.
Além das vantagens ao cliente, os pesquisadores destacam que o software ajuda na segurança do consumidor final, uma vez que evita que substâncias estranhas ao produto, como materiais de limpeza, sejam envasadas durante o processo. “Há uma precisão sobre o que está sendo engarrafado por meio das medições do sistema. Se o sistema detecta que o material em processo de envase não é produto, ele pode interromper a operação”, explica Amorim.
O software já passou por testes e, atualmente, é aplicado nas fábricas de uma multinacional do ramo de cervejas. Registrada em 2014, a propriedade intelectual é do IPT e está disponível a empresas do ramo de bebidas que ainda tenham o SMV instalado.