O projeto cooperativo inédito desenvolvido entre o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o Instituto de Tecnologia e Estudos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Itehpec) e as empresas Natura, Grupo Boticário, Yamá e TheraSkin Farmacêutica deverá ser concluído em julho de 2015. A ação, que contou com aportes da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação (Embrapii), tem como foco o compartilhamento de conhecimentos do campo da nanotecnologia entre as instituições e, a partir disso, a capacitação das equipes técnicas das empresas no desenvolvimento de diversos produtos.
Iniciado em outubro de 2013, o projeto foi estruturado em duas etapas. Na primeira delas, chamada de pré-competitiva, os pesquisadores do IPT desenvolveram duas rotas de nanoencapsulação, e esse conhecimento, a ser aplicado em ativos cosméticos, foi compartilhado com os parceiros. Na etapa seguinte, sigilosa e customizada, as equipes técnicas de cada uma das empresas, atendendo a seus interesses individuais, trabalharam no desenvolvimento de um produto focal.
Segundo Natália Cerize, pesquisadora do Núcleo de Bionanomanufatura do IPT, a estrutura do projeto viabiliza um modelo de inovação aberta, que reúne associação de classes, instituto de ciência e tecnologia e, apesar de concorrentes, parceiros da cadeia produtiva: “Na primeira fase, as empresas amadureceram o conceito de nanoencapsulação e adquiriram conhecimentos de diferentes rotas que podem ser utilizadas como plataforma para o desenvolvimento de novos produtos. Em um dado momento, focamos no desenvolvimento de um só produto, mas a ideia de plataforma gerou a capacitação do grupo de pessoas que está acompanhando o projeto”.
Além das duas etapas, foram promovidas ao longo do projeto reuniões e cursos envolvendo a troca de informações entre as empresas. Com os custos divididos entre as instituições envolvidas – um terço subsidiado pela Embrapii, um terço custeado pelo IPT e o restante dividido entre as quatro empresas parceiras –, Natália ressalta que um dos pontos altos do projeto é a viabilização de um instrumento contratual que traga vantagens para todos os envolvidos: “Compartilhamos informação, conhecimento, riscos e custos. É um projeto em que todos aprendem, mas os riscos e os custos são diluídos em função do projeto ser cooperativo”.
Marina Kobayashi, gerente de inovação do Itehpec, entidade responsável pela mediação estratégica junto às empresas, concorda com essa visão e salienta o processo de aprendizagem durante as etapas de negociação do projeto. “Um dos principais aspectos de sucesso foi a aceitação por parte das quatro empresas do segmento, praticamente concorrentes, de um trabalho em conjunto. Reunimos diversos parceiros e trabalhamos no conceito de inovação aberta, buscando-a não apenas dentro das empresas, mas fora dela”.
NOVOS PROJETOS – O sucesso do modelo cooperativo de negócios tanto do ponto de vista financeiro quanto da disseminação de conhecimento motivou o IPT e o Itehpec a planejarem novos projetos ligados à área da indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos.
As duas instituições reuniram-se recentemente com 22 empresas do ramo e apresentaram três propostas de projetos. A primeira estaria ligada ao processo de escalonamento das rotas de nanoencapsulação em produtos, enquanto a segunda se relacionaria à multifuncionalidade do processo de nanoencapsulação, combinando diferentes funções em uma mesma nanoestrutura. A terceira está ligada à economia de água.
Uma nova reunião deve ser marcada para o mês de maio, na qual as empresas poderão apresentar também suas próprias temáticas de interesse. Para Marina, divulgar o projeto atual como um case de sucesso será um grande passo na articulação de novas ações: “Está intrínseco ao papel do Itehpec prospectar oportunidades de negócio em inovação para as empresas. Para os próximos projetos, queremos incluir o aprendizado do primeiro”.
Natália coloca a importância da participação do IPT nesse tipo de parceria, principalmente no que diz respeito aos conhecimentos relativos à nanotecnologia: “A missão do IPT é ajudar o cenário nacional a se preparar com uma tecnologia ainda embrionária. É uma nova tecnologia sendo viabilizada para chegar ao mercado, ser produzida e escalonada”.
Iniciado em outubro de 2013, o projeto foi estruturado em duas etapas. Na primeira delas, chamada de pré-competitiva, os pesquisadores do IPT desenvolveram duas rotas de nanoencapsulação, e esse conhecimento, a ser aplicado em ativos cosméticos, foi compartilhado com os parceiros. Na etapa seguinte, sigilosa e customizada, as equipes técnicas de cada uma das empresas, atendendo a seus interesses individuais, trabalharam no desenvolvimento de um produto focal.
Segundo Natália Cerize, pesquisadora do Núcleo de Bionanomanufatura do IPT, a estrutura do projeto viabiliza um modelo de inovação aberta, que reúne associação de classes, instituto de ciência e tecnologia e, apesar de concorrentes, parceiros da cadeia produtiva: “Na primeira fase, as empresas amadureceram o conceito de nanoencapsulação e adquiriram conhecimentos de diferentes rotas que podem ser utilizadas como plataforma para o desenvolvimento de novos produtos. Em um dado momento, focamos no desenvolvimento de um só produto, mas a ideia de plataforma gerou a capacitação do grupo de pessoas que está acompanhando o projeto”.
Além das duas etapas, foram promovidas ao longo do projeto reuniões e cursos envolvendo a troca de informações entre as empresas. Com os custos divididos entre as instituições envolvidas – um terço subsidiado pela Embrapii, um terço custeado pelo IPT e o restante dividido entre as quatro empresas parceiras –, Natália ressalta que um dos pontos altos do projeto é a viabilização de um instrumento contratual que traga vantagens para todos os envolvidos: “Compartilhamos informação, conhecimento, riscos e custos. É um projeto em que todos aprendem, mas os riscos e os custos são diluídos em função do projeto ser cooperativo”.
Marina Kobayashi, gerente de inovação do Itehpec, entidade responsável pela mediação estratégica junto às empresas, concorda com essa visão e salienta o processo de aprendizagem durante as etapas de negociação do projeto. “Um dos principais aspectos de sucesso foi a aceitação por parte das quatro empresas do segmento, praticamente concorrentes, de um trabalho em conjunto. Reunimos diversos parceiros e trabalhamos no conceito de inovação aberta, buscando-a não apenas dentro das empresas, mas fora dela”.
NOVOS PROJETOS – O sucesso do modelo cooperativo de negócios tanto do ponto de vista financeiro quanto da disseminação de conhecimento motivou o IPT e o Itehpec a planejarem novos projetos ligados à área da indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos.
As duas instituições reuniram-se recentemente com 22 empresas do ramo e apresentaram três propostas de projetos. A primeira estaria ligada ao processo de escalonamento das rotas de nanoencapsulação em produtos, enquanto a segunda se relacionaria à multifuncionalidade do processo de nanoencapsulação, combinando diferentes funções em uma mesma nanoestrutura. A terceira está ligada à economia de água.
Uma nova reunião deve ser marcada para o mês de maio, na qual as empresas poderão apresentar também suas próprias temáticas de interesse. Para Marina, divulgar o projeto atual como um case de sucesso será um grande passo na articulação de novas ações: “Está intrínseco ao papel do Itehpec prospectar oportunidades de negócio em inovação para as empresas. Para os próximos projetos, queremos incluir o aprendizado do primeiro”.
Natália coloca a importância da participação do IPT nesse tipo de parceria, principalmente no que diz respeito aos conhecimentos relativos à nanotecnologia: “A missão do IPT é ajudar o cenário nacional a se preparar com uma tecnologia ainda embrionária. É uma nova tecnologia sendo viabilizada para chegar ao mercado, ser produzida e escalonada”.