Atualizada em 10/04/2015
Pesquisadores do Laboratório de Análises Químicas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) desenvolveram um projeto que agiliza a extração de plastificantes ftálicos em brinquedos e materiais escolares, a base de poli(cloreto de vinila) – PVC. Esses plastificantes tornam os objetos mais flexíveis e maleáveis, mas existem seis tipos que são banidos pela legislação brasileira devido à ação cancerígena quando em exposição em altos níveis e, também, na exposição ocupacional (causado durante a vida laboral), o que conduziria à infertilidade de adultos.
Pesquisadores do Laboratório de Análises Químicas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) desenvolveram um projeto que agiliza a extração de plastificantes ftálicos em brinquedos e materiais escolares, a base de poli(cloreto de vinila) – PVC. Esses plastificantes tornam os objetos mais flexíveis e maleáveis, mas existem seis tipos que são banidos pela legislação brasileira devido à ação cancerígena quando em exposição em altos níveis e, também, na exposição ocupacional (causado durante a vida laboral), o que conduziria à infertilidade de adultos.
O resultado, pelo método tradicional, geralmente é liberado em dois dias pois são necessárias 16 horas para a extração, que é feita durante a noite, e mais um dia para a identificação e a quantificação de material. No novo método, a agilidade é o diferencial: a extração pode ser feita em apenas duas horas e a análise logo em seguida, ou seja, o resultado pode ser liberado em um dia. Também houve uma redução no consumo de energia elétrica, por conta da redução no tempo de operação das chapas aquecedoras.
A metodologia utilizada é inovadora e única no mundo. Ajuda o solvente a penetrar no objeto e extrair o plastificante, diminuindo o tempo do processo e obtendo o resultado com mais rapidez. "A indústria é a maior beneficiária com o novo procedimento, pois ele possibilitará um resultado em menor tempo para o cliente. Recebendo o resultado, a empresa pode colocar o produto mais rápido no mercado e atingir assim mais rapidamente o lucro.", afirma a pesquisadora Shoko Ota.
Apesar da maior rapidez do novo processo, o ensaio de 16 horas não deve ser descartado, pois ele é acreditado pelo Cgcre (Inmetro) e os Organismos de Certificação de Produtos (OCPs) exigem que as análises de brinquedos tenham o seu selo. Para a acreditação do novo projeto ainda há um espaço de dois anos, quando o Cgcre (Inmetro) deve retornar ao IPT para analisar o processo.
“A validação demanda grande esforço porque compreende inúmeras determinações variando concentração de solvente, tempo de análise, operador e matrizes diferentes.”, declara a pesquisadora Luciana dos Santos Galvão. Atualmente o projetop do IPT encontra-se em processo para obtenção de depósito da patente junto ao INPI.