Balanço da Embrapii

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Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)

O grupo de trabalho da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) realizou nesta quinta-feira (13), no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a última reunião de avaliação das iniciativas em andamento no programa em 2012. Até o momento, existem 126 projetos vinculados às três instituições que executam o projeto piloto, entre consolidados, em negociação, em elaboração de plano de trabalho e em prospecção.

O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Alvaro Prata, destacou que o modelo institucional da empresa está quase definido. “Estamos finalizando a definição para consolidar a Embrapii e dar início à próxima fase da gestão”, disse. “Necessitamos do detalhamento dos projetos que estão sendo financiados para avaliar criteriosamente se o investimento está adequado e também se mantemos estes procedimentos adotados incialmente, após o período do piloto.” O secretário executivo do ministério, Luiz Antonio Elias, também esteve presente.

A Embrapii é uma iniciativa da pasta com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Seu projeto piloto conta com R$ 90 milhões. Até o momento, compõem a estrutura do grupo, além do MCTI e da CNI, o Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT-SP), com programa na área da biotecnologia, o Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI), nas áreas de energia e saúde, e o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), nas áreas de automação e manufatura.

A missão da empresa é fomentar o processo de cooperação envolvendo empresas nacionais, instituições tecnológicas ou instituições de direito privado sem fins lucrativos, voltados a pesquisa e desenvolvimento (P&D). Os objetivos são: criar um ambiente favorável à cooperação entre instituições de ciência e tecnologia (ICTs) e empresas, aperfeiçoar os instrumentos de fomento e atuar na fase pré-competitiva e proativa para financiamento das atividades de maior risco no processo de inovação. A duração desta experiência inicial é de 18 meses para captação de projetos e outros 18 para execução.

BALANÇO – No Cimatec, dez projetos estão em execução, seis em fase final de negociação e 13 na fase do plano de trabalho. A previsão é que sejam consumidos R$ 40 milhões para as propostas acolhidas até o momento. Na avaliação do centro, entre todas as iniciativas apresentadas, 90% possuem uma característica de inovação incremental (melhoria) e 10% se apresentam como inovação radical (avanço mais drástico, que em geral instaura um novo paradigma para o produto ou processo). A expectativa é incorporar 130 projetos por meio da Embrapii, no valor total de R$ 140 milhões.

O IPT tem três projetos aprovados, 13 em fase inicial de negociação e outras 27 propostas em prospecção. No total, o instituto prevê o investimento inicial de R$ 18 milhões. Já no INT são dois projetos aprovados com contrato estabelecido, quatro aprovados ainda sem contrato assinado, cinco em negociação e 45 propostas em prospecção. No total, devem ser aplicados R$ 20 milhões.

O gerente executivo de Políticas Industriais e de Inovação da CNI, Paulo Mol, lembrou que o investimento efetuado pela parceria público-privado na Embrapii tem como finalidade alavancar P&D nas empresas, o que também fortalece diretamente o Sistema Nacional de Inovação.

Outra questão ressaltada pelo representante da CNI foi a importância da propriedade intelectual nas iniciativas geradas pela Embrapii. “A negociação sobre as patentes deve ser definida durante a consolidação dos projetos, para evitar que haja rupturas judiciais posteriores em caso de cisão das partes envolvidas”, defendeu.

Para Mol, estão superadas as incertezas geradas nas empresas por conta do modelo institucional adotado inicialmente, pois já existe garantia da manutenção dos institutos de pesquisa integrantes e dos projetos.

“O entendimento que deve existir é que a insegurança nos processos é compartilhada. Estamos fazendo um teste para criar um projeto muito grande. Mas a fase final de construção está próxima. Teremos uma continuidade, pois esse é um projeto extremamente importante para o papel da inovação no país”, disse.

FRAUNHOFER – Durante a reunião, houve um entendimento comum de que a participação da Sociedade Fraunhofer, da Alemanha, será importante durante a execução dos projetos, principalmente no auxílio à gestão do IPT, do Cimatec e do INT, em função de sua experiência no fomento à inovação.

O diretor do INT, Domingos Naveiro, ressaltou que deve haver ampliação do número de projetos em 2013: “A escala de investimento e a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e serviços irá aumentar. As empresas estão sinalizando fortemente com esta possibilidade”.

Foi sugerido pelo dirigente que o prazo de 18 meses para captação de projetos, que se esgota em junho, seja ampliado. Ele também propôs a realização de um evento de divulgação da Embrapii. O grupo de trabalho marcou sua próxima reunião para 21 de fevereiro.

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