Entre os dias 9 e 11 de abril, realizou-se a “China Electronics Fair” na moderna cidade de Shenzhen, com quase 6,5 milhões de habitantes, elevado índice de desenvolvimento humano e localizada ao sul do território continental chinês. O evento reuniu, segundo os organizadores, cerca de 1.800 expositores e 80 mil compradores. “Foi impressionante a quantidade de empresas eletrônicas participantes de todos os portes com destaque, especialmente, para as pequenas. Eram milhares delas e dotadas de alta competência, por exemplo, em montagem de placas de circuito impresso com a avançada tecnologia SMD”, comentou João Fernando Gomes de Oliveira, presidente do IPT. “Hoje – diz ele – os chineses estão mudando o conceito de ‘made in China’ para ‘made by China’. Significa que são capazes de projetar, desenvolver e produzir para empresas eletroeletrônicas globais detentoras de marcas fortes no mercado.”
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Grandes negócios – O grupo Foxconn, sediado em Shenzhen, é um paradigma deste novo conceito e está entre os principais fornecedores de produtos como iPhones e iPads (Apple). Ao todo, emprega mais de um milhão de pessoas. Somente em sua fábrica, instalada numa área de oito quilômetros quadrados, estão ocupados cerca de 300 mil trabalhadores. “A fábrica é uma verdadeira cidade para quem trabalha lá. Tem moradias, shopping center e lazer. Além disso, conta com uma infraestrutura equivalente a ‘um IPT’ para avaliar, testar e certificar seus produtos, já que essa unidade tem autonomia técnica em relação à fábrica.”
Atualmente, o grupo Foxconn estuda a viabilidade da construção de uma fábrica fora da China. Para o Brasil isto representa uma oportunidade. O presidente do IPT apresentou aos chineses as vantagens da capacitação e da infraestrutura do instituto para um empreendimento desse porte. “Temos competência para realizar testes avançados e diversificados em produtos de ponta, como por exemplo em câmara eletromagnética.”
Além do lançamento do iPad na China ocorrido durante a feira, João Fernando apontou lançamentos que, na sua opinião, poderão repercutir globalmente este ano. “TVs, monitores e projetores com tecnologia 3D, estes numa escala menor, estarão disponíveis e certamente produzirão grande impacto.”