Projetos que empregam tecnologias de menor impacto ambiental constituem uma estratégia importante na recuperação de áreas degradadas.
O uso de técnicas de bioengenharia para controle de erosão e de fitorremediação para descontaminação de solos aplica-se cada vez mais a situações em que tecnologias convencionais mostram-se inviáveis por limitações ambientais ou econômicas. Essas técnicas utilizam a vegetação como ferramenta de intervenção para controle de erosão em rodovias, encostas, cursos d’água e reservatórios, atendendo a princípios ecológicos e incorporando valores estéticos e de baixo custo, com menor alteração ambiental quando comparada às intervenções da engenharia convencional.
As técnicas empregadas na recuperação de uma determinada área são classificadas de acordo com sua aplicação, com destaque para as técnicas mistas que utilizam a vegetação como reforço ou em associação com estruturas e geossintéticos vegetados.
Na descontaminação de solos, a fitorremediação utiliza sistemas vegetais in situ para o tratamento de áreas contaminadas por poluentes orgânicos ou inorgânicos, por meio de processos de fitoextração, fitoadsorção, fitoestabilização ou rizorremediação.
O êxito do processo dependerá da realização de análises locais, avaliando todas as variáveis que possam interferir no crescimento da vegetação, sendo fundamental a escolha das espécies, nativas ou exóticas, e do método de revegetação a ser utilizado, considerando as implicações da sucessão vegetal, além dos obstáculos físicos, legais e econômicos.
O IPT desenvolve projetos experimentais com o uso da vegetação para recuperar áreas degradadas, realizando desde a caracterização dos processos do meio biótico até a implantação de espécies botânicas para restauração e saneamento ambiental.