O Brasil é um dos maiores produtores de biocombustíveis, em especial o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar, pela fermentação do caldo da cana e pela ação da levedura Saccharomyces cerevisiae.
O aumento da demanda mundial por energia nas últimas décadas fez com que países industrializados e emergentes iniciassem uma série de pesquisas sobre novas fontes energéticas, principalmente de origem renovável. O Brasil tem a vantagem de possuir uma tecnologia de produção de etanol de primeira geração renomada e bem-estabelecida, utilizando uma matéria-prima de baixo custo.
Atualmente, existe um grande interesse no desenvolvimento de processo de produção de etanol a partir de outras matérias-primas, como o bagaço de cana. Esse processo, porém, possui uma série de gargalos a serem resolvidos.
O IPT atua no desenvolvimento de novas tecnologias, na solução de gargalos e na otimização de tecnologias para a produção de etanol de primeira e segunda geração.
Faz parte do escopo da pesquisa a produção de etanol a partir de materiais lignocelulósicos, partindo da bioprospecção de novos microrganismos e desenvolvimento de processos de produção de enzimas celulolíticas, bem como o desenvolvimento de processos de hidrólise enzimática de bagaço de cana-de-açúcar.
O desenvolvimento de outros biocombustíveis utilizando matérias-primas renováveis por via biotecnológica, tais como biodiesel e butanol, também é foco de atuação do IPT. Para isto, o Instituto dispõe de infraestrutura adequada com biorreatores de diferentes volumes (0,5 a 100 litros), sistema de explosão a vapor e suporte analítico (cromatógrafos de fase gasosa, líquida e iônica, espectrômetros e analisadores de gases) para levantamento de parâmetros de processo.