Resumo:
Com o objetivo de se discutir o impacto da evolução da arquitetura escolar paulista nas questões de conforto acústico de edifícios escolares, este estudo utilizou como metodologia a revisão bibliográfica seguida da análise crítica. Constatou-se que durante o final do século XIX até a década de 1930, a localização das salas de aula somente de um lado do corredor foi uma estratégia que favorecia a qualidade acústica interna, pois a transmissão de ruído de uma sala para outra não se dava diretamente, como ocorre em salas de aula localizadas umas de frente para outras no mesmo corredor. A partir da década de 1960, com a compactação dos setores administrativo e pedagógico em um único bloco, acaba havendo a aproximação de áreas acusticamente sensíveis ao ruído, como salas de aula e biblioteca, com áreas onde há maior geração de ruído, como quadras esportivas e áreas de recreio. No começo dos anos 2000, o conceito de escola-classe e escola-parque da década de 1950 é retomado, sendo acusticamente favorável por afastar parte das atividades ruidosas, como as aulas de educação física, das salas de aula. Em termos acústicos, quanto mais separados estiverem os espaços com atividades ruidosas dos espaços de salas de aula, menor será a probabilidade de intrusão do ruído nas atividades pedagógicas. Na última década, com a escassez de terrenos nas grandes cidades e necessidade de compactação das edificações, houve a imposição de novas necessidades para o projeto da escola que não deveria relegar ao segundo plano as questões de inteligibilidade da fala e transmissão do conhecimento, pois estes são os itens para as quais as salas de aula devem possuir o melhor desempenho possível. Chegou-se à conclusão que o projeto arquitetônico escolar não se apropria de soluções acústicas benéficas empregadas em períodos anteriores e nem faz uso delas ao longo de sua evolução. Há uma oscilação, no tempo, entre adoção ou não destas soluções acusticamente mais adequadas.
Referência
IKEDA, Cristina Yukari Kawakita. ONO, Rosario; VITTORINO, Fúlvio . A evolução da arquitetura escolar paulista e seu impacto nas condições de exposição ao ruído das salas de aula. In: ENCONTRO NACIONAL DE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 13., ENCONTRO LATINOAMERICANO DE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 9., São Carlos, 2015. Anais… 8 p.
Com o objetivo de se discutir o impacto da evolução da arquitetura escolar paulista nas questões de conforto acústico de edifícios escolares, este estudo utilizou como metodologia a revisão bibliográfica seguida da análise crítica. Constatou-se que durante o final do século XIX até a década de 1930, a localização das salas de aula somente de um lado do corredor foi uma estratégia que favorecia a qualidade acústica interna, pois a transmissão de ruído de uma sala para outra não se dava diretamente, como ocorre em salas de aula localizadas umas de frente para outras no mesmo corredor. A partir da década de 1960, com a compactação dos setores administrativo e pedagógico em um único bloco, acaba havendo a aproximação de áreas acusticamente sensíveis ao ruído, como salas de aula e biblioteca, com áreas onde há maior geração de ruído, como quadras esportivas e áreas de recreio. No começo dos anos 2000, o conceito de escola-classe e escola-parque da década de 1950 é retomado, sendo acusticamente favorável por afastar parte das atividades ruidosas, como as aulas de educação física, das salas de aula. Em termos acústicos, quanto mais separados estiverem os espaços com atividades ruidosas dos espaços de salas de aula, menor será a probabilidade de intrusão do ruído nas atividades pedagógicas. Na última década, com a escassez de terrenos nas grandes cidades e necessidade de compactação das edificações, houve a imposição de novas necessidades para o projeto da escola que não deveria relegar ao segundo plano as questões de inteligibilidade da fala e transmissão do conhecimento, pois estes são os itens para as quais as salas de aula devem possuir o melhor desempenho possível. Chegou-se à conclusão que o projeto arquitetônico escolar não se apropria de soluções acústicas benéficas empregadas em períodos anteriores e nem faz uso delas ao longo de sua evolução. Há uma oscilação, no tempo, entre adoção ou não destas soluções acusticamente mais adequadas.
Referência
IKEDA, Cristina Yukari Kawakita. ONO, Rosario; VITTORINO, Fúlvio . A evolução da arquitetura escolar paulista e seu impacto nas condições de exposição ao ruído das salas de aula. In: ENCONTRO NACIONAL DE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 13., ENCONTRO LATINOAMERICANO DE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 9., São Carlos, 2015. Anais… 8 p.
