Origem das madeiras

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Com o objetivo de auxiliar na criação de um banco de amostras de referência de madeiras, que irá servir para uma análise comparativa e determinação de origem, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está participando do projeto internacional World Forest ID. 
 
O projeto é uma parceria entre os britânicos do Royal Botanic Gardens – Kew e do Agroisolab; o Serviço Florestal Norte Americano (U.S. Forest Service); o WRI – World Resources Institute e a subsidiária brasileira do Forest Stewardship Council (FSC), também conhecido como Conselho Brasileiro de Manejo Florestal, FSC Brasil. "Nosso convênio é direto com o FSC Brasil e temos um acordo de cooperação com o Kew Gardens para o envio das amostras analisadas", explica a pesquisadora do Laboratório de Tecnologia e Desempenho de Sistemas Construtivos do IPT responsável pelo projeto, Ligia Ferrari Torella di Romagnano. 
 
Bancos de amostras existem no mundo, mas não com madeiras brasileiras submetidas a análises por novas tecnologias. As amostras coletadas e recebidas pelo IPT serão ‘marcadas’ por meio da análise de isótopos estáveis, que permitem identificar a área de origem das madeiras com pouca variação, dando segurança de origem em áreas certificadas e, portanto, legais.

À medida que as árvores absorvem água e nutrientes do solo, elas absorvem também certos isótopos de elementos químicos, como hidrogênio, carbono, nitrogênio e oxigênio.
Amostras coletadas e recebidas pelo IPT serão 'marcadas' por meio da análise de isótopos estáveis, que permitem identificar a área de origem das madeiras com pouca variação, dando segurança de origem em áreas certificadas
Amostras coletadas e recebidas pelo IPT serão ‘marcadas’ por meio da análise de isótopos estáveis, que permitem identificar a área de origem das madeiras com pouca variação, dando segurança de origem em áreas certificadas
As quantidades de cada isótopo variam de lugar para lugar; assim, medir a abundância relativa de isótopos estáveis nos tecidos vegetais ajuda a identificar a origem geográfica da árvore. 
 
As amostras enviadas ao IPT serão provenientes apenas de áreas localizadas no estado do Pará, em Unidades de Manejo Florestal (UMFs) certificadas pelo FSC. As amostras são secas em estufa, cadastradas no Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado (SisGen) e remetidas ao Royal Botanic para serem incorparadas ao projeto, ao lado de madeiras de florestas tropicais de outros países. A expectativa é de o IPT receber cerca de 100 amostras de 10 espécies de interesse comercial. 
 
Os parceiros esperam que, quanto mais amostras forem identificadas, melhor será o refinamento do processo para chegar à localização exata, visando coibir a venda ilegal de madeira e o desmatamento e, ao final, garantir a procedência dentro de um manejo certificado – no caso do IPT, a participação no projeto permitirá ainda aumentar a coleção da Xiloteca Calvino Manieri, a maior da América Latina, que tem hoje cerca de 18 mil amostras de três mil espécies. 
 
O projeto, que tem previsão de duração de seis meses, é mais uma ação inserida dentro do acordo de cooperação tecnológica firmado em novembro de 2017 entre o IPT e o FSC Brasil com o objetivo de promover o uso da madeira na construção civil e na movelaria, incluindo a difusão de informações sobre o desempenho das diferentes espécies. 
 
 

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