Poder das plantas

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Incentivar a percepção das crianças do próprio potencial para melhorar a sua qualidade de vida, a partir do diagnóstico das plantas existentes em seus bairros, foi um dos objetivos de um projeto conduzido pelo Centro de Tecnologia de Recursos Florestais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) no CEU Três Pontes, localizado na zona leste da capital paulista. A capacitação dos alunos no conhecimento das plantas da comunidade, em técnicas de jardinagem e no cultivo, bem como nas suas possibilidades de usos, foi feita no decorrer do ano de 2017, e o projeto teve como um seus frutos um vídeo que documentou as atividades realizadas pelos profissionais e pelos estudantes.

“Como o Centro de Tecnologia de Recursos Florestais do IPT trabalha com plantas de modo geral, resolvemos criar um projeto que envolvesse o lado social com a nossa atividade do Instituto, por meio de oficinas envolvendo técnicas de jardinagem e colocando o público alvo – as crianças – em contato com a natureza”, explica a pesquisadora da Fundação de Apoio ao IPT, Giuliana Velasco. “Tentamos alinhar os objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU com a melhoria dos ambientes da comunidade”, completa a pesquisadora Caroline Almeida Souza, que foi a coordenadora do projeto.

Os primeiros encontros para cada turma de estudantes eram destinados ao diagnóstico das plantas da comunidade e seu uso para a melhoria da qualidade de vida local. Mudas eram distribuídas sobre uma mesa para os alunos tocarem as folhas e sentirem o cheiro, ou seja, atividades interativas, que finalizaram com o plantio de vasos nas dependências do CEU.

Outra ação foi solicitar aos alunos fotos das plantas que tinham em suas casas: o fato de ser uma das zonas menos arborizadas na cidade de São Paulo se refletiu no feedback dado pelas crianças – “não tem planta onde eu moro; às vezes, a gente tenta plantar na frente de casa, mas as pessoas derrubam”, afirma no vídeo Jhenyfer Caroline Gomes, na época aluna da 4ª série, uma das alunas entrevistadas.

Segundo Caroline, o projeto foi desafiador porque não bastava apenas olhar a comunidade e indicar locais para a realização dos plantios, mas sim pensar em transformação social a partir das competências das equipes do IPT. Os resultados são difíceis de serem mensurados, afirma a pesquisadora, mas para Gabrielly Alves Sidrim, na época aluna da 6ª série, “este projeto foi uma experiência bem grande na minha vida porque eu aprendi muita coisa e agora estou sempre em busca de plantar”.

O projeto foi um dos quatro selecionados no primeiro edital da Fundação de Apoio ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (FIPT), que foi lançado em janeiro de 2017, para financiar projetos sociais de laboratórios e seções do IPT voltados à promoção da transformação social positiva e sustentável.

Confira abaixo o vídeo na íntegra:


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