Fonte: Jornal da USP
O Brasil é um dos poucos países que não sofrem com fortes abalos sísmicos ou furacões, porém, nem por isso se pode dizer que ele está livre de desastres, como os relacionados ao clima – segundo um levantamento da ONU realizado em 2015, é um dos dez países que mais sofreram nas últimas décadas. Um dos mais frequentes é o deslizamento de terra, que é o objeto de estudo de pesquisadores da Escócia, da Colômbia e do Brasil. Com participação da USP, a pesquisa pretende avaliar um método de gestão de riscos com participação das próprias comunidades que vivem em assentamentos precários. A ideia é que, em longo prazo, a estratégia seja aplicada em cidades latino-americanas, sendo São Paulo a pioneira.
O estudo foi discutido na Reunião da Pesquisa Internacional Coprodução de estratégias de gestão de riscos de deslizamentos por meio do desenvolvimento de infraestrutura de base comunitária nas cidades latino-americanas, que ocorreu no início do ano em Medellín, na Colômbia. A pesquisa é financiada pelo governo britânico, que tem o apoio da British Academy e de seu programa Global Challenges Research Fund: Cities & Infrastructure.
Participam do projeto equipes das instituições escocesas Heriot-Watt University e University of Edinburgh, além da Universidad Nacional de Colombia e da Escola Politécnica da USP. Do grupo brasileiro fazem parte o coordenador, professor Alex Abiko, do Departamento de Engenharia de Construção Civil; o professor Fernando Marinho, do Departamento de Estruturas e Geotécnica, e a geógrafa Karolyne Ferreira, além da geóloga Alessandra Cristina Corsi, da Seção de Investigações, Riscos e Desastres Naturais do IPT, e de outros pesquisadores do Instituto de Geociências (IGc).
“O objetivo da pesquisa é analisar se o método empregado no projeto anterior, realizado apenas entre as universidades escocesas e colombiana, desenvolvido em Medellín, poderia ser utilizado na cidade de São Paulo e desta maneira verificar a sua escalabilidade para demais cidades latino-americanas em similares situações”, declara Abiko.
O projeto anterior foi desenvolvido sem a participação da USP e focava as condições da cidade de Medellín. Agora, o que está sendo feito é uma análise para saber se a metodologia utilizada naquelas condições poderá ser aplicada em São Paulo. Na capital paulista, a localidade escolhida para a pesquisa foi a comunidade Morada do Sol, que faz parte da região da subprefeitura do Butantã, próximo à Cidade Universitária. De acordo com Abiko, a participação dos moradores da região é essencial para o sucesso do estudo.
“A metodologia envolve, de um lado, a participação dos técnicos do poder público que detêm o conhecimento técnico deste assunto: geólogos, engenheiros e arquitetos. E, do outro, a comunidade que mora nesses assentamentos, porque são eles que vão poder acompanhar e dar alertas sobre aquilo que está acontecendo em termos de deslizamento, desde trincas nas edificações até algum tipo de movimentação do solo. A ideia da metodologia é aliar o conhecimento técnico ao empírico que a comunidade tem no dia a dia das suas atividades.”
O próximo encontro do grupo de pesquisadores tem previsão para ocorrer em agosto, nas cidades de Medellín e de São Paulo. A pesquisa está em desenvolvimento, prevista para ser finalizada ainda no final deste ano. A expectativa é que a metodologia seja levada para outras cidades do continente, adaptando-a às especificidades dos locais.
O Brasil é um dos poucos países que não sofrem com fortes abalos sísmicos ou furacões, porém, nem por isso se pode dizer que ele está livre de desastres, como os relacionados ao clima – segundo um levantamento da ONU realizado em 2015, é um dos dez países que mais sofreram nas últimas décadas. Um dos mais frequentes é o deslizamento de terra, que é o objeto de estudo de pesquisadores da Escócia, da Colômbia e do Brasil. Com participação da USP, a pesquisa pretende avaliar um método de gestão de riscos com participação das próprias comunidades que vivem em assentamentos precários. A ideia é que, em longo prazo, a estratégia seja aplicada em cidades latino-americanas, sendo São Paulo a pioneira.
O estudo foi discutido na Reunião da Pesquisa Internacional Coprodução de estratégias de gestão de riscos de deslizamentos por meio do desenvolvimento de infraestrutura de base comunitária nas cidades latino-americanas, que ocorreu no início do ano em Medellín, na Colômbia. A pesquisa é financiada pelo governo britânico, que tem o apoio da British Academy e de seu programa Global Challenges Research Fund: Cities & Infrastructure.
Participam do projeto equipes das instituições escocesas Heriot-Watt University e University of Edinburgh, além da Universidad Nacional de Colombia e da Escola Politécnica da USP. Do grupo brasileiro fazem parte o coordenador, professor Alex Abiko, do Departamento de Engenharia de Construção Civil; o professor Fernando Marinho, do Departamento de Estruturas e Geotécnica, e a geógrafa Karolyne Ferreira, além da geóloga Alessandra Cristina Corsi, da Seção de Investigações, Riscos e Desastres Naturais do IPT, e de outros pesquisadores do Instituto de Geociências (IGc).
“O objetivo da pesquisa é analisar se o método empregado no projeto anterior, realizado apenas entre as universidades escocesas e colombiana, desenvolvido em Medellín, poderia ser utilizado na cidade de São Paulo e desta maneira verificar a sua escalabilidade para demais cidades latino-americanas em similares situações”, declara Abiko.
O projeto anterior foi desenvolvido sem a participação da USP e focava as condições da cidade de Medellín. Agora, o que está sendo feito é uma análise para saber se a metodologia utilizada naquelas condições poderá ser aplicada em São Paulo. Na capital paulista, a localidade escolhida para a pesquisa foi a comunidade Morada do Sol, que faz parte da região da subprefeitura do Butantã, próximo à Cidade Universitária. De acordo com Abiko, a participação dos moradores da região é essencial para o sucesso do estudo.
“A metodologia envolve, de um lado, a participação dos técnicos do poder público que detêm o conhecimento técnico deste assunto: geólogos, engenheiros e arquitetos. E, do outro, a comunidade que mora nesses assentamentos, porque são eles que vão poder acompanhar e dar alertas sobre aquilo que está acontecendo em termos de deslizamento, desde trincas nas edificações até algum tipo de movimentação do solo. A ideia da metodologia é aliar o conhecimento técnico ao empírico que a comunidade tem no dia a dia das suas atividades.”
O próximo encontro do grupo de pesquisadores tem previsão para ocorrer em agosto, nas cidades de Medellín e de São Paulo. A pesquisa está em desenvolvimento, prevista para ser finalizada ainda no final deste ano. A expectativa é que a metodologia seja levada para outras cidades do continente, adaptando-a às especificidades dos locais.