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Para apresentar os fundamentos dos principais métodos acústicos utilizados na investigação de ambientes submersos, e exemplos de aplicações (pontes, túneis, cabos e dutos subaquáticos, barragens, wind farms, hidrovias, portos, ilhas artificiais), o pesquisador Luiz Antonio Pereira de Souza, da Seção de Investigações, Riscos e Desastres Naturais do IPT, ministrou um curso de 30 horas para 28 alunos dentro do projeto Escola de Verão, destinado a cursos de extensão universitária de Geofísica no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP.

O público do curso, realizado entre os dias 29 de janeiro e 2 de fevereiro, incluiu graduandos e pós-graduandos das áreas de Ciências da Terra, arqueólogos e profissionais da área de investigação de ambientes submersos.
Pesquisador do IPT (à esquerda) na visita dos alunos ao espaço de geofísica aplicada no IPT
Pesquisador do IPT (à esquerda) na visita dos alunos ao espaço de geofísica aplicada no IPT
Os alunos tiveram a oportunidade de manusear dados de campo, processá-los e interpretá-los nos softwares mais comuns do mercado. Uma visita ao espaço de geofísica aplicada do IPT foi realizada no último dia do curso.

“Não oferecemos aula de campo com aquisição de dados pela dificuldade natural de alugar barcos, mas o curso teve dois dias de aulas teóricas e três dias de prática de processamento e interpretação de dados”, explica o pesquisador, que regularmente ministra oficinas em universidades do Brasil e, em 2017, ofereceu pela primeira vez o treinamento no próprio IPT. Esse ano, o curso vai ocorrer também no mês de abril em Montevidéu (Uruguai) na Facultad de Ciencias da Universidad de la República, e novamente no Instituto em outubro. “Levantamentos em áreas submersas rasas, em minha opinião, deveriam seguir o ritual de abordagem multifrequencial preconizado pelo IPT, mas o procedimento ainda não é seguido amplamente no Brasil”, afirma o pesquisador.

Dezenove dos 28 participantes eram de instituições de fora de São Paulo, e a possibilidade de adquirir conhecimento em sísmica submersa motivou grande parte deles pela ausência da disciplina nas grades curriculares de suas instituições. A lista de interessados envolveu, principalmente, futuros profissionais de diversas áreas do Brasil, o que foi interessante para projetar o nome do IPT além de São Paulo, acredita Souza.

DO MARANHÃO AO RIO GRANDE DO SUL – Thalita Borba da Silva, aluna do quarto ano do curso de Oceanografia da Universidade Federal do Maranhão, esteve pela primeira vez em São Paulo para realizar um curso de extensão: “Aqui se oferecem, além das aulas teóricas, suporte técnico; isso falta não somente na minha universidade, mas em diversas outras que conheci no País, como na Bahia e em Santa Catarina. Foi importante conhecer durante o curso principalmente as ferramentas para processamento dos dados: não tive durante a graduação – e não terei – aulas sobre como interpretar dados sísmicos e perfilagens 3D, por exemplo, o que representou um ganho absurdo para a minha formação”.

Sthefani Melo Figueiredo, aluna do quarto ano de Geologia da Universidade Federal de Mato Grosso, também chama a atenção para uma área de conhecimento não oferecida em sua grade curricular: “Meus professores das disciplinas de estratigrafia e de sedimentologia sempre falaram muito de sísmica como um método para avaliação de camadas, mas em Mato Grosso ela não faz parte das matérias oferecidas. Como a geologia é uma área na qual se pode trabalhar em diversas regiões do Brasil, o conhecimento adquirido aqui abre um novo campo de trabalho para mim”. Guilherme Alcalde, aluno também do quarto ano de Geofísica da Universidade Federal do Pampa, divide a mesma opinião sobre um novo instrumento de trabalho: “A sísmica submersa não é abordada com profundidade na minha universidade, e eu não sabia que englobava uma área tão grande como aprendi nesse curso”.

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