Parceria com a Poli

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Colaboradores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) se reuniram na última quinta-feira, 17 de agosto, para discutir possibilidades de parcerias em três dimensões: ensino, pesquisa e extensão. O evento, intitulado ‘Workshop Parceria IPT e Poli – Caminhos para Integração’, foi marcado pela assinatura de um termo de cooperação, cuja função é oficializar e englobar futuros acordos e propostas entre as instituições.

Landgraf apresentou Plano de Desenvolvimento Institucional de Pesquisa focado em transformações digitais
Landgraf apresentou Plano de Desenvolvimento Institucional de Pesquisa focado em transformações digitais
O diretor-presidente do IPT, Fernando Landgraf, dividiu a abertura com José Roberto de Castilho Piqueira, diretor da Poli. Piqueira citou a relação do Instituto e da Escola desde o início do século XX na construção da cidade de São Paulo, e ressaltou que espera uma parceria além da parte acadêmica. “A criatividade tecnológica é essencial para alavancar o crescimento do estado. A parceria deve gerar produtos, formação e novas tecnologias. Temos profissionais experientes de ambos os lados que compartilham conhecimentos nas duas instituições”, ressaltou.

Em seguida, Landgraf apresentou o Plano de Desenvolvimento Institucional de Pesquisa (PDIP) do IPT focado no tema ‘Transformação digital: manufatura avançada e cidades inteligentes e sustentáveis’, e explicou que espera contar com a apoio da Poli para a criação de um polo de transformação digital. “O projeto tem a ver com a missão do Instituto, de melhorar a qualidade de vida da população e competitividade das empresas, e acreditamos que a Poli seja um parceiro ideal para conduzir assuntos relacionados à 4ª Revolução Industrial”, citou.

Sessenta e cinco participantes foram reunidos em grupos de discussões para propor ideias de parceria entre as instituições. No encerramento do workshop, Landgraf destacou duas ideias: “É importante encontrar projetos relevantes, neste esforço para trabalharmos juntos. O Instituto também pode contribuir na graduação já com foco profissional, abrindo seus laboratórios para mais visitas – hoje são só três ou quatro por ano – e para estágios – já trabalhamos com cerca de 300 estagiários, hoje são 85, inclusive não-remunerados”.

O professor Cyro Takano, do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Poli, afirmou que o Brasil precisa hoje de um bom planejamento. “O IPT e a universidade não participam efetivamente deste processo. Temos grandes desafios e importantes instituições internacionais, como Harvard e MIT, fazem estudos abrangentes. A inteligência nacional teria a vantagem de oferecer propostas mais focadas.”

ATRAVESSANDO A RUA – Sucessivas diretorias do IPT brincaram durante anos com a ideia de que, para aprofundar uma parceria com a Poli, bastava um simples gesto de ‘atravessar a rua’. Com a realização do workshop, iniciou-se de fato a travessia. Landgraf, o professor Mauro Zilbovicius, do Departamento de Engenharia de Produção da Poli, e Alessandra Corsi, coordenadora do projeto institucional ‘Relacionamento com as ICTs’ do Planejamento Estratégico do IPT, fecharam com a ideia.

Participantes foram divididos em grupos para pensar possibilidades de parceria em ensino, pesquisa e extensão
Participantes foram divididos em grupos para pensar possibilidades de parceria em ensino, pesquisa e extensão
Para o professor Zilbovicius, bons projetos se vendem sozinhos. “Tem coisas que dá para se fazer até mesmo sem dinheiro, a exemplo deste evento. Saímos dele com ideias que amanhã viram planejamento, algumas vezes de curto prazo e com resultados rápidos. É importante frisar que hoje reunimos pessoas preocupadas com o futuro do País”.

Para o professor as ideias são mobilizadoras. “Podemos criar movimentos apesar da crise atual, produzir sinergia e, futuramente, gerar novos recursos. Reunimos massa crítica, recursos laboratoriais e vamos trabalhar juntos. Quantos doutores por metro quadrado têm IPT e Poli? Estamos falando de duas instituições que, juntas, são muito maiores do que a sua soma”.

Landgraf destaca a característica do trabalho entre IPT e Poli nas três dimensões da universidade: ensino, pesquisa e extensão, em um relacionamento intenso com a sociedade. “Os laboratórios do Instituto darão suporte ao ensino especializado, desenvolveremos projetos de pesquisa conjuntos e também buscaremos fazê-los com as empresas. A ideia de eventos conjuntos para tratar de temas impactantes na realidade brasileira será nosso próximo desafio, contribuindo para pensar o Brasil como propôs o professor Takano. Afinal, as duas instituições já tiveram este papel e faz tempo que não contribuímos nesta direção.” Para Alessandra Corsi, o workshop foi muito produtivo. “Agora temos uma lição de casa: compilar os dados elaborados, juntar expertises e orientar os grupos de trabalho no próximo encontro”.

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