Vítimas de deslizamentos

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Duzentas e duas pessoas morreram em virtude de deslizamentos de terra na Grande São Paulo nos últimos 20 anos: os dados publicados em reportagem publicada pelo Portal UOL na terça-feira, 31 de dezembro, foram fornecidos pelo Centro de Tecnologias Geoambientais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que faz um levantamento dos óbitos em todo o País desde o ano de 1988. Mais tarde, o Jornal Nacional também aproveitou alguns números durante o quadro de previsão de tempo.

Segundo o pesquisador e geólogo Eduardo Soares de Macedo, coordenador do estudo, a coleta de dados era feita inicialmente somente a partir de reportagens publicadas em jornais impressos, principalmente da Folha de S.Paulo e do O Estado de S.Paulo, de artigos apresentados em congressos e de informações fornecidas por profissionais da área. A partir dos anos 2000 (mais precisamente, 2004) e com a consolidação da internet, os desastres naturais passaram a receber uma cobertura por uma mídia mais ampla, e as matérias sobre o tema tornaram-se frequentes, principalmente no verão.

As notícias sobre as mortes por deslizamentos são interpretadas pelo pesquisador, desde o início do levantamento, para evitar interpretações equivocadas, o que prejudicaria a veracidade do estudo. É dada uma especial atenção para o uso incorreto de termos pela mídia para definir os deslizamentos, como ‘desmoronamento’, ‘desabamento’, ‘desbarrancamento’ e ‘queda de barreira’.
Mortes são contabilizadas pelo IPT desde 1988; o ano de 2011 contabiliza o maior número de perdas por conta dos desastres naturais na região serrana do Rio de Janeiro
Mortes são contabilizadas pelo IPT desde 1988; o ano de 2011 contabiliza o maior número de perdas por conta dos desastres naturais na região serrana do Rio de Janeiro
Além disso, são descartadas as mortes causadas por enchentes e inundações, assim como aquelas causadas durante a execução de obras, ou seja, por conta de ações antrópicas.

“A coleta começou como uma curiosidade científica, mas hoje os dados coletados são aproveitados em políticas públicas”, explica Macedo. “A partir de 2002, por exemplo, o Ministério das Cidades passou a utilizar essas informações como um dos critérios para a distribuição de recursos destinados a projetos em áreas de risco”.

Clique aqui para ler a reportagem do UOL e veja também mais dados sobre o levantamento na previsão do tempo no Jornal Nacional, exibida ontem, 31 de janeiro:



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