Parceria para o conhecimento

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O engenheiro Marco Naufal, do Laboratório de Engenharia Térmica, ministrou na quinta-feira, 27 de outubro, a última das quatro aulas que o IPT preparou aos alunos de graduação de Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) em uma parceria firmada no começo desse ano. Um encerramento que, na verdade, deve marcar o início de uma nova etapa da parceria entre o Instituto e a universidade.

Em 2017, o laboratório deve colocar em prática o plano de disponibilizar aos alunos e professores da Poli-USP uma bancada para pesquisas práticas em engenharia térmica usando um motor fornecido pela universidade. Isso significa que, a partir do ano que vem, o IPT estará com as portas abertas para colaborar com a formação e técnica de novos engenheiros, o que beneficiará não apenas o conhecimento acadêmico, mas também ajudará no desenvolvimento de pesquisas dentro do Instituto.

Marco Naufal, engenheiro do laboratório, recebeu quatro turmas de alunos da Poli-USP durante o ano de 2016. No ano que vem, os estudantes vão desenvolver pesquisas no laboratório
Marco Naufal, engenheiro do laboratório, recebeu quatro turmas de alunos da Poli-USP durante o ano de 2016. No ano que vem, os estudantes vão desenvolver pesquisas no laboratório
“Essa plataforma será uma ferramenta essencial para o desenvolvimento de pesquisas acadêmicas para alunos de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado que queiram desenvolver estudos com ênfase em motores, combustíveis e eletrônica automotiva, abordando diversas áreas da engenharia na prática”, conta Naufal.

Durante o ano de 2016, ele recebeu quatro turmas do quarto ano da disciplina de Máquinas Térmicas do curso de Engenharia Mecânica da Poli-USP. Os grupos geralmente são formados por cerca de 20 alunos e têm a presença de um professor da universidade – no dia 27, o professor Flávio Fiorelli acompanhou os estudantes.

Nas aulas, Naufal percorre todas as instalações do laboratório com os alunos, mostrando a eles detalhes dos motores e os ensaios realizados pelo IPT. Na última aula, além das explicações sobre análise de combustíveis, metodologias de testes e homologação de motores, testes de dinamômetros, procedimentos para testes de motores para medição de emissões automotivas, os estudantes puderam acompanhar um ensaio em um motor Mercedes à diesel cujo objetivo era avaliar o consumo de combustível em potência máxima.

“Foi uma abordagem prática que levou em conta não apenas a explicação sobre os motores, mas também novas tecnologias que estão em uso e das quais o IPT compartilha. Nós temos a expertise para esse tipo de colaboração”, diz o pesquisador.

Para Fiorelli, são dois os principais ganhos que a parceria produz: “Além da oportunidade de mostrar aos alunos as condições reais que eles terão quando trabalharem na área, permite um primeiro contato com um laboratório de motores, o que colabora para uma melhor compreensão do que é discutido em sala de aula”, avalia.

PROJETO – As aulas compartilhadas entre a Escola Politécnica da USP e o IPT começaram em meados de 2015 por intermédio do professor Guenther Krieger, do Departamento de Engenharia Mecânica da universidade. Ele não possuía uma célula dinamométrica que pudesse ser usada nas aulas de maneira prática. A solução encontrada foi procurar os pesquisadores do IPT para não apenas realizar as aulas em laboratório, mas também usar as instalações como ferramenta de aprendizado.

“O professor entrou em contato com o laboratório informando que tinha um motor. Ele sabia que o IPT possuía a expertise necessária para ajudá-lo no ensino aos alunos. Ainda em 2015 veio a primeira turma e percebemos que poderia ser muito proveitoso”, comenta Naufal. No final daquele ano, após o início das aulas paralelas, as duas instituições assinaram um termo de convênio que propiciou o desenvolvimento de uma plataforma de ensino e pesquisa para motores de combustão interna.

“Antes da parceria com o IPT, tínhamos uma bancada de avaliação de motores que ficava muito tempo parada. Era um gasto enorme para usá-la nas aulas práticas. Chegou um momento em que o departamento percebeu que não valia a pena gastar tanto dinheiro, e essa conclusão veio no mesmo momento em que o IPT apareceu como parceiro”, revela Fiorelli.

Para ele, a disponibilidade de utilizar os equipamentos do laboratório facilita consideravelmente o trabalho dos professores e o desenvolvimento técnico dos alunos. “As aulas são adequadas ao que propomos na universidade e, com os dispositivos do IPT, vamos ganhar muito”, finaliza.

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