Pesquisadores do Laboratório de Árvores, Madeiras e Móveis do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) entregaram no mês de março os resultados do diagnóstico de 100 árvores localizadas no Clube Paineiras do Morumby, na região sul de São Paulo. Os trabalhos incluíram a análise externa e interna de 13 espécies diferentes, além da avaliação de risco de queda das árvores e a sugestão de medidas de manejo a serem realizadas pelo clube.
O serviço foi solicitado após a queda de uma araucária de cerca de 20 metros sobre uma quadra de tênis, ocasionada pelo ataque de cupins subterrâneos, como indicou o laudo emergencial do IPT. Das 100 árvores analisadas após o incidente, 35 não precisarão de qualquer manejo e apenas 13 foram classificadas com nível de prioridade alto, ou seja, com necessidade de manejo imediato, sendo que quatro delas devem ser suprimidas. O diagnóstico do IPT ainda apontou outras recomendações como o monitoramento, a adequação do canteiro e a poda de limpeza para o restante das árvores.
"De modo geral, o principal manejo sugerido referiu-se à poda, o que demonstra a necessidade de cuidados constantes, como a remoção de ramos secos, além da adoção do monitoramento das árvores como garantia para a qualidade da arborização e a segurança do clube”, afirma Raquel Amaral, engenheira agrônoma e pesquisadora do Instituto. Ela relembra que o trabalho realizado pelo IPT deve ser considerado uma fotografia do momento do diagnóstico, e que para árvores com ocorrência de cupins e fungos xilófagos (que se alimentam de madeira), recomenda-se uma periodicidade de monitoramento de dois anos entre as inspeções, como forma de prevenção.
Nesse trabalho, a situação de risco de queda as árvores foi definida mediante a análise externa e interna de cada exemplar. Os aspectos externos avaliados estão relacionados à condição biológica e ao estado geral, como presença de corpo de frutificação de fungos, cavidade aparente no fuste (tronco), primeira ramificação baixa em relação à altura total da árvore e inclinação acentuada do tronco, além de aspectos da biomecânica (crescimento adaptado/reforço).
Já a análise interna foi realizada por meio de prospecção não destrutiva, com o emprego de equipamentos como tomógrafo e penetrógrafo. Segundo a pesquisadora, “também foi executada uma análise de alvo, na qual foram avaliados possíveis riscos à vida humana e às edificações, condições que alteraram a prioridade e as ações de manejo para o exemplar arbóreo, principalmente quando não era viável a remoção do alvo ou isolamento da área a ser afetada pela possível queda da árvore”.
A equipe do laboratório está negociando a continuidade dos trabalhos com o clube, já que o IPT dispõe ainda do software ARBIO, criado para a gestão da arborização urbana. A ferramenta permite o cadastro de todas as árvores, com seleção de espécies nativas regionais, planejamento de remoções, além da identificação de oportunidades para novos plantios. Este software está associado, sobretudo, ao treinamento da equipe responsável pela arborização, que se tornará capacitada e com autonomia para tomada de decisão quanto ao melhor manejo das árvores.
Raquel ressalta que o inventário e inspeção periódica de todas as árvores e palmeiras existentes no clube são indispensáveis para uma gestão adequada da arborização. “Conhecendo-se o patrimônio arbóreo é possível a escolha do melhor manejo para cada árvore e, principalmente, a prevenção de acidentes”, finaliza.
O serviço foi solicitado após a queda de uma araucária de cerca de 20 metros sobre uma quadra de tênis, ocasionada pelo ataque de cupins subterrâneos, como indicou o laudo emergencial do IPT. Das 100 árvores analisadas após o incidente, 35 não precisarão de qualquer manejo e apenas 13 foram classificadas com nível de prioridade alto, ou seja, com necessidade de manejo imediato, sendo que quatro delas devem ser suprimidas. O diagnóstico do IPT ainda apontou outras recomendações como o monitoramento, a adequação do canteiro e a poda de limpeza para o restante das árvores.
"De modo geral, o principal manejo sugerido referiu-se à poda, o que demonstra a necessidade de cuidados constantes, como a remoção de ramos secos, além da adoção do monitoramento das árvores como garantia para a qualidade da arborização e a segurança do clube”, afirma Raquel Amaral, engenheira agrônoma e pesquisadora do Instituto. Ela relembra que o trabalho realizado pelo IPT deve ser considerado uma fotografia do momento do diagnóstico, e que para árvores com ocorrência de cupins e fungos xilófagos (que se alimentam de madeira), recomenda-se uma periodicidade de monitoramento de dois anos entre as inspeções, como forma de prevenção.
Nesse trabalho, a situação de risco de queda as árvores foi definida mediante a análise externa e interna de cada exemplar. Os aspectos externos avaliados estão relacionados à condição biológica e ao estado geral, como presença de corpo de frutificação de fungos, cavidade aparente no fuste (tronco), primeira ramificação baixa em relação à altura total da árvore e inclinação acentuada do tronco, além de aspectos da biomecânica (crescimento adaptado/reforço).
Já a análise interna foi realizada por meio de prospecção não destrutiva, com o emprego de equipamentos como tomógrafo e penetrógrafo. Segundo a pesquisadora, “também foi executada uma análise de alvo, na qual foram avaliados possíveis riscos à vida humana e às edificações, condições que alteraram a prioridade e as ações de manejo para o exemplar arbóreo, principalmente quando não era viável a remoção do alvo ou isolamento da área a ser afetada pela possível queda da árvore”.
A equipe do laboratório está negociando a continuidade dos trabalhos com o clube, já que o IPT dispõe ainda do software ARBIO, criado para a gestão da arborização urbana. A ferramenta permite o cadastro de todas as árvores, com seleção de espécies nativas regionais, planejamento de remoções, além da identificação de oportunidades para novos plantios. Este software está associado, sobretudo, ao treinamento da equipe responsável pela arborização, que se tornará capacitada e com autonomia para tomada de decisão quanto ao melhor manejo das árvores.
Raquel ressalta que o inventário e inspeção periódica de todas as árvores e palmeiras existentes no clube são indispensáveis para uma gestão adequada da arborização. “Conhecendo-se o patrimônio arbóreo é possível a escolha do melhor manejo para cada árvore e, principalmente, a prevenção de acidentes”, finaliza.