Parceria com o Mackenzie

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O desenvolvimento de novas tecnologias que alimentarão o mercado no futuro pode começar bem mais cedo do que se imagina. Na última semana, alunos da Universidade Presbiteriana Mackenzie estiveram no túnel de vento do Instituto de Pesquisas Tecnológicas para realizar testes aerodinâmicos em carros utilizados em corridas de eficiência energética. Os ensaios visam promover melhorias na aerodinâmica que diminuam o consumo energético do veículo nessas competições.

Aerodinâmica de carro elétrico universitário é testada no túnel de vento do IPT
Aerodinâmica de carro elétrico universitário é testada no túnel de vento do IPT
No túnel de vento, tufos de lã foram fixados em um protótipo para a visualização do escoamento do ar na superfície da carenagem. Uma célula de carga foi instalada na traseira do veículo, com o objetivo de medir a força de arrasto do vento sobre o carro. Em um segundo ensaio, algumas alterações foram realizadas, como a retirada dos retrovisores e fechamento das rodas, a fim de que os alunos pudessem visualizar o efeito das modificações na aerodinâmica do veículo. “Do ponto de vista aerodinâmico, quanto menor a resistência do ar, maior a economia de energia. A ideia do ensaio é a de visualizar pontos que podem ser aperfeiçoados e melhorados neste quesito”, explica Gabriel Borelli Martins, pesquisador do Laboratório de Vazão do Instituto.

O protótipo testado no IPT foi construído pelos alunos da equipe universitária Mecmack desde o chassi até a carenagem, e contou com a aplicação de recursos renováveis em sua composição. Segundo Fábio Raia, professor de Vibrações Mecânicas do Mackenzie e coordenador do projeto de eficiência energética de carros elétricos da Universidade, a participação dos estudantes de engenharia em competições nacionais e internacionais os auxiliam em sua vida acadêmica e profissional. “O projeto é uma forma de motivar o aluno a participar. Ele tem uma carga teórica imensa na cabeça, e com o tempo, aprende a manipulá-la, a utilizar na prática tudo o que ele aprende em sala de aula”, coloca ele.

O professor ressaltou a importância dos ensaios realizados no IPT, em termos de conhecimento técnico para a equipe do projeto e de proximidade entre a Universidade e o Instituto. “Nosso carro é antigo, nós o modificamos da forma que achávamos correto. Depois da última competição, percebemos que tínhamos problemas aerodinâmicos, mecânicos, de atrito e alinhamento, e tentaremos resolver isso para o próximo projeto. Para nós, o ganho é imenso, pois é mais um conhecimento técnico a ser empregado pelos alunos. Temos uma boa relação com o IPT e o objetivo também é aumentar a proximidade entre as instituições”, destaca.

Rafael Fiori dos Santos, estudante de engenharia do Mackenzie e capitão da equipe Mecmack, concorda com a relevância dos ensaios para a formação acadêmica dos alunos envolvidos no projeto. “Esse tipo de teste serve pra compararmos os resultados teóricos que temos e relacioná-los com a prática. É muito importante, um grande avanço para o próximo projeto que iremos desenvolver”.

A partir dos ensaios realizados no túnel de vento e tendo em pauta a questão da sustentabilidade, o veículo, que já compete nas categorias que utilizam a matriz elétrica como fonte energética, deve ter sua geometria reavaliada para que auxilie na criação de um novo projeto da equipe universitária.

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