O Laboratório de Papel e Celulose do IPT e o Núcleo de Documentoscopia do Instituto de Criminalística da Superintendência de Polícia Técnico-Científica de São Paulo acabam de disponibilizar, em mídia eletrônica, o recém-lançado livro intitulado “Documentoscopia – o papel como suporte para documentos”. As autoras são as pesquisadoras do IPT Maria Luiza Otero D’Almeida e Mariza Eiko Tsukuda Koga e a diretora do Núcleo de Documentoscopia, Silvana Manzi Granja.
A publicação, produzida em aproximadamente um ano de trabalho editorial, é resultado de vários anos de trabalhos em parceria entre a instituição policial e a de pesquisas. As autoras acreditam que a obra será material básico de referência para a formação de peritos.
Publicação, produzida em aproximadamente um ano de trabalho editorial, é resultado de vários anos de trabalhos em parceria das duas instituições: em pé, Silvana (à esq) e Maria Luiza; sentada, Mariza
Segundo Silvana, a obra preenche um espaço importante na formação de novos peritos policiais, o que exige muita informação consistente e treinamento. “O que se vê normalmente é que praticamente todo o treinamento do profissional acontece no próprio trabalho, no dia a dia do perito. A ideia, com este livro, é oferecer um material de suporte com informações básicas sobre o tema e anexos com registros de casos mais complexos", explica ela. "Compartilhamos experiências, procuramos mostrar a complexidade da documentoscopia e os atalhos da aprendizagem. Buscamos a padronização dos termos e a harmonização da linguagem, sem partir para a simplificação exagerada de algo que é naturalmente complexo.”
O livro – completa Maria Luiza – tem um enfoque técnico para os procedimentos analíticos da perícia conectados à área do papel. “O conhecimento disponibilizado dará ao perito a oportunidade de aprender a trabalhar com papéis e, por exemplo, suas impressões gráficas de segurança. Neste caso, juntamos uma demanda pericial à capacitação tecnológica do IPT em uma área específica. As parcerias que a polícia mantém com instituições de pesquisa permitem o acesso de peritos a equipamentos laboratoriais de ponta, operados por profissionais altamente qualificados e treinados.”
As autoras enfatizam o cuidado na produção do livro para que as informações de caráter técnico não sirvam a outros objetivos que não sejam os de preparar novos peritos policiais. “As informações contidas no livro são úteis do ponto de vista do treinamento, mas nada que possa servir à contrafação e ao delito”, explica Silvana. “Esta obra deverá facilitar a vida do perito em formação, não a de possíveis falsificadores”, completa Maria Luiza.
A publicação está disponível para download gratuito nos sites do IPT (em PDF e na Plataforma Issuu – veja abaixo) e da Polícia Científica.