Avanço em terras-raras

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O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, a CBMM, empresa do grupo Moreira Salles com sede em Araxá (MG), estão negociando um projeto conjunto inédito que tem a marca da inovação, visando uma das etapas da cadeia produtiva de minerais de terras-raras para a produção de superímãs (ímãs de alta potência). Este material é muito utilizado, por exemplo, na fabricação de componentes para a indústria de informática e nos geradores eólicos. Por enquanto é uma possibilidade, mas já representa uma oportunidade estratégica para o País.

Recentemente o presidente da CBMM (Tadeu Carneiro) em reunião sobre terras-raras realizada no Senado Federal, anunciou que a empresa encontra-se em estágio avançado de desenvolvimento do processamento do minério. Dispõe de uma planta-piloto para concentração de terras-raras a partir das reservas do minério que detém na região onde está instalada. A companhia também se encontra em estágio avançado no processo de separação dos óxidos de terras-raras.

Redução do óxido de neodímio em neodímio metálico é um processo importante que permitirá fabricação dos ímãs de terras-raras
Redução do óxido de neodímio em neodímio metálico é um processo importante que permitirá fabricação dos ímãs de terras-raras
O processo de concentração do minério permite separar a monazita, mineral que contém os 17 elementos químicos conhecidos como terras-raras, dos demais minerais presentes. A segunda etapa, de separação, permite obter o elemento químico que interessa para a produção dos superímãs, que é o óxido de neodímio. A CBMM convidou o IPT para investigar a fase seguinte, que visa à redução do óxido de neodímio em neodímio metálico. Trata-se de um processo importante, que permitirá a fabricação posterior dos ímãs de terras-raras.

São grandes os desafios para que este salto tecnológico seja bem-sucedido, demandando o envolvimento de outros parceiros com suas competências específicas. Por isso o IPT mantém interesse nas participações da Fundação Certi e da Universidade Federal de Santa Catarina para um posterior desenvolvimento de projeto da planta-piloto que permitirá a fabricação pioneira dos superímãs de terras-raras.

(Artigo de Fernando Landgraf, diretor presidente do IPT)

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