Uma comitiva formada por 16 executivos e responsáveis de áreas da Gerdau foi recebida na manhã de terça-feira, 5 de fevereiro, pela diretoria executiva e por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para conhecer as instalações laboratoriais do Centro de Tecnologia em Metalurgia e Materiais, do Centro de Metrologia em Química e do Núcleo de Bionanomanufatura, e discutir projetos de pesquisa & desenvolvimento nas linhas de cilindros de laminação e de aços para construção mecânica e construção civil.
O Instituto tem uma parceria há mais de dez anos com a fornecedora de aços especiais e um dos maiores exemplos é o Centro de Desenvolvimento de Cilindros (CDC), um programa de P&D conduzido em uma parceria Gerdau (Villares Rolls), Instituto e Escola Politécnica da USP a partir do ano 2000 para desenvolver cilindros de laminação de alto desempenho;
“Estamos em 2013 com foco em competitividade e nossos projetos estão voltados para a redução de custos e o aumento de produtividade”, afirmou Claudia Regina Serantoni, gerente de TAE – Tecnologia de Cilindros da Gerdau. A área de cilindros não possui uma estrutura própria para pesquisas, explicou a gerente: quando a empresa está atrás de soluções para problemas específicos, como oxidação e mecanismos de tribologia, ou seja, pesquisas básicas, os parceiros escolhidos são as universidades, enquanto o IPT é procurado para fornecer soluções tecnológicas.
Além de a visita ter sido organizada para estreitar laços na área de cilindros, a expectativa é da abertura de novas parcerias nas áreas de construção mecânica e civil num momento em que a empresa está apostando em iniciativas de gestão da inovação. Entre as possibilidades de projetos conjuntos, ela exemplifica com o problema enfrentado nos cilindros para laminação de tiras a frio: todos os modelos fabricados são revestidos com cromo e a substância estará proibida na Europa em 2016, o que abre caminho para encontrar soluções para sua substituição por meio de P&D e, desta forma, manter as exportações para os países da Comunidade Europeia.
“O IPT tem capacidade para entender e acompanhar a demanda do mercado, tanto em processos quanto em produtos”, afirmou ela. “Quando estamos em um momento em que nossa competitividade está OK, conseguimos fazer projetos de P&D de longo prazo; quando precisamos de uma atuação rápida, como neste ano, o Instituto percebe esta preocupação e responde com agilidade, ao contrário das universidades que têm maior dificuldade em entender este timing da indústria”.