Nas asas do aerodesign

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Um grupo de 17 alunos de engenharia em diversos ramos e diferentes estágios do Centro Universitário da FEI, sediado em São Bernardo do Campo (SP), realizou no início do mês de julho testes de modelo de aerodesign no túnel de vento atmosférico do Centro de Metrologia de Fluidos, o CMF do IPT. O objetivo, segundo um dos membros da equipe, o aluno de quinto semestre em Engenharia Elétrica, Pedro Saad Marques, é aperfeiçoar o modelo miniaturizado de avião monomotor controlável, que participará no próximo mês de novembro da etapa nacional do concurso da categoria. “Apesar de esta primeira fase ser ‘nacional’, com mais de 90 universidades inscritas, também participarão algumas equipes de outros países como México, Colômbia e Chile”, explica ele.

Testes no modelo no túnel de vento serão feitos para medições de forças de sustentação, arrasto e momento de arfagem
Testes no modelo no túnel de vento serão feitos para medições de forças de sustentação, arrasto e momento de arfagem
Serão seis dias de competição em São José dos Campos, com avaliações de relatórios feitas pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e de desempenho na Embraer. Os dois primeiros classificados irão às finais internacionais, na costa leste dos Estados Unidos, no início do ano que vem.

Antes de tudo o concurso é, de acordo com os participantes, uma boa oportunidade para o aprendizado. Alunos de qualquer semestre do Centro Universitário da FEI, que tenham interesse em aerodesign, podem passar pelo processo seletivo visando participar da nossa equipe. “Apesar de não termos o curso de engenharia aeronáutica, o que se aprende num concurso como esse, muitas vezes não se aprende em sala de aula, mas se aplica a qualquer área. Por exemplo, a organização empresarial que temos, a busca de conhecimento que compartilhamos em diversas áreas como a de estruturas, por exemplo, além do trabalho em equipe. Cada um cobra e é cobrado por prazos e responsabilidades”, explica Marques. As diferentes fases da competição incluem decolagem em 50 metros, subida da aeronave, duas etapas de voo de cruzeiro, aproximação e pouso, novamente em 50 metros de pista.

Segundo o aluno, os testes no túnel de vento do IPT são fundamentais para validar os dados teóricos. “Medições de forças de sustentação, arrasto e momento de arfagem (balanço longitudinal) são realizados no túnel, no qual também medimos outros parâmetros que não teríamos condições de realizar por meio de cálculos.” Diante da pergunta sobre quais são essas medidas, a resposta foi “não podemos contar”.

Apesar da camaradagem que existe nessas disputas, nelas também se aprende o valor do conhecimento inovador, tratado como segredo industrial. Para o pesquisador Gilder Nader, do Centro de Metrologia de Fluidos, “o uso de uma ferramenta de ponta, como o túnel de vento, aliada à modelagem numérica computacional, pode ajudar muito no aperfeiçoamento de projetos aerodinâmicos como o do aerodesign”.

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