Ambientes submersos

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No período de 13 a 15 de março, o pesquisador Luiz Antonio Pereira de Souza, o Laps, do Centro de Tecnologias Ambientais e Energéticas do IPT, participou do “IO 2012 – Oceanology International” realizado em Excel, nos arredores de Londres. Além de contatos e trocas de informações com pesquisadores e profissionais reconhecidos internacionalmente, Laps destacou o foco empresarial do evento, favorecendo o clima de negócios que, segundo ele, deveria servir de modelo para encontros similares nesta área técnica no Brasil.

“Mais de 550 expositores estiveram presentes, mostrando suas máquinas avançadas e especialmente desenhadas pra investigar ambientes submersos”, afirma o pesquisador. O foco do evento foi concentrado em projetos de engenharia, petróleo, oceanologia e biologia subaquática. “Todas as novidades tecnológicas desenvolvidas, ou em desenvolvimento atualmente com foco na investigação de ambientes submersos, estavam expostas na feira, que certamente é a maior do mundo no gênero.”

Luiz Antonio Pereira de Souza: evento na Inglaterra reuniu mais de 500 expositores com equipamentos de última geração
Luiz Antonio Pereira de Souza: evento na Inglaterra reuniu mais de 500 expositores com equipamentos de última geração
Segundo Laps, foi possível observar de perto novas fontes acústicas. Foi o caso, por exemplo, do S-Boomer, da inglesa Applied Acoustics, que possui três placas que detonam simultaneamente, ou o levíssimo sistema C-Boom, da também inglesa C- Systems, ou ainda o poderoso sparker de águas rasas, da holandesa GeoMarine Survey Systems, além da fonte de baixa frequência HMS-620 Bubble Pulser, da americana FSI.

Entre as empresas expositoras, Laps destaca a francesa SIG, que fabrica modernas fontes acústicas de perfilagem acústica. A SIG trabalha em parceria com a finlandesa Meridata, empresa da qual o IPT comprou o conjunto sísmico, dentro do projeto de modernização do Instituto. No estande da empresa, um dos destaques foi um poster com o produto adquirido pelo IPT em trabalhos realizados no litoral norte de São Paulo (Ubatuba), com créditos de direito para o Instituto e a equipe técnica envolvida.

Além de fontes acústicas para perfilagem, vários sistemas de imageamento de superfícies submersas estavam também expostos. Sonares de varredura lateral com capacidade interferométrica eram os destaques da feira.

Na avaliação de Laps, a localização do evento, à beira do rio Tâmisa, auxiliou nas demonstrações realizadas por algumas empresas. “Participei de três testes de campo com sistemas multibeam de última geração, desenvolvidos para aplicação na investigação de ambientes submersos rasos das empresas Kongsberg norueguesa, da americana R2Sonic, além de experimentos com o sistema de perfilagem acústica C-Boom.”

Havia muitas novidades tecnológicas e, segundo o pesquisador, algumas delas de extrema relevância no contexto dos trabalhos de investigação de ambientes submersos desenvolvidos pelo IPT. Além dos três dias de atividades no evento principal, com oportunidades de participação em operações de testes de campo, Laps participou como convidado de um workshop na cidade de Londres. O “2nd Sonic Technology Forum”, realizado no Club Quarters Trafalgar, teve como tema principal a discussão e avaliação de produtos oriundos do uso do sistema multibeam R2Sonic. Profissionais de várias partes do mundo apresentaram diversos resultados de aplicação desta tecnologia em projetos de estudos de áreas costeiras, envolvendo questões portuárias, ambientais, wind farms, hidrovias e mapeamentos geológicos básicos, além de petróleo e gás.

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