Tecnologia salva-vidas

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Profissionais de todo o País e representantes do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, o Cemaden, estiveram reunidos no IPT nos dias 31 de outubro e primeiro de novembro para a II Reunião Técnica do grupo. Os temas principais do workshop foram o monitoramento e a previsibilidade de fenômenos meteorológicos, e a ocorrência de fenômenos geodinâmicos e hidrológicos, como subsídio para a operação do Cemaden e de planos de ação preventiva e emergencial. A primeira reunião havia sido realizada de 29 a 30 de agosto em Pirenópolis (GO) concentrando grupos de especialistas em geodinâmica, e o evento de São Paulo envolveu também o pessoal de hidrologia, meteorologia e cartografia.

Cemaden integrará informações da meteorologia, hidrologia, geologia, geotecnia, cartografia e geologia de engenharia para estabelecer faixas de risco quanto à intensidade das chuvas que podem instabilizar encostas
Cemaden integrará informações da meteorologia, hidrologia, geologia, geotecnia, cartografia e geologia de engenharia para estabelecer faixas de risco quanto à intensidade das chuvas que podem instabilizar encostas
Correndo contra o tempo, o Cemaden entrou em operação no último mês de julho, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Segundo o diretor do centro, Reinhardt Fuck, o governo sentiu a necessidade de organizar e integrar informações da meteorologia, hidrologia, geologia, geotecnia, cartografia e geologia de engenharia, entre outras áreas, para produzir modelos e análises mais precisos e estabelecer faixas de risco quanto à intensidade das chuvas que podem instabilizar encostas.

“Nesses casos o tempo para emitir um alerta geralmente é pequeno, por isso contamos com pessoal altamente qualificado nos centros de pesquisas”, afirmou ele. “As informações virão de diversas fontes confiáveis. Investimos em um poderoso sistema de computação e em uma plataforma adequada para integrar com maior rapidez esses dados e gerar alertas em curto espaço de tempo. Hoje, poucas áreas de risco brasileiras estão mapeadas em escalas adequadas na faixa de 1:2000, ou superior”.

Para a assessora do órgão, Nancy Campos Muniz, a ideia é formar um grupo de pesquisadores de apoio em todo o País em diversas áreas relacionadas ao tema: “São quatro áreas de atuação do Cemaden em uma grande plataforma de informação: geodinâmica, hidrologia, meteorologia e cartografia.” Além do próprio MCTI, as atividades envolvem outras instituições como os ministérios do Meio Ambiente, de Minas e Energia e das Cidades, além de universidades e institutos de pesquisa em todo o território nacional.

Contando com essa rede nacional de cooperação técnica, o Cemaden – que estará operando a partir de dezembro já na próxima estação de chuvas – irá coletar e integrar informações para monitoramento dos desastres naturais. “Serão produzidos alertas para as defesas civis, que deflagrarão as medidas necessárias junto às populações afetadas. Inicialmente serão monitorados deslizamentos, enchentes e enxurradas. Depois a cobertura será estendida a outros tipos de desastres naturais como, por exemplo, quebras de safras.”

O pesquisador Eduardo Macedo, do Centro de Tecnologias Ambientais e Energéticas do IPT, enfatiza que todos os planos de alerta e de mobilização das defesas civis devem focar os municípios. “É no município que acontecem desastres naturais e é nos locais afetados que devem ser tomadas as iniciativas. O IPT adota uma metodologia preconizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) que prevê identificação e análise de riscos, medidas estruturais e não-estruturais, ações emergenciais, informação pública e treinamento. Produzimos mapas em escalas adequadas, planos municipais para redução de riscos e apoio às defesas civis. Existe pessoal qualificado e conhecimento tecnológico, integrá-los é muito bem-vindo.”

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