Conforto em bairros paulistanos

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Um estudo que poderá dar novos subsídios ao projeto de edificações vem sendo conduzido no túnel de vento do Centro de Metrologia de Fluidos (CMF) do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). Trabalhando com maquetes em escala 1:250, a pesquisadora Alessandra R. Prata Shimomura, que faz pós-doutorado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/USP), tem investigado as condições do vento nos bairros paulistanos de Moema, na zona Sul, e Luz, no Centro.

As simulações permitirão verificar as condições de vazão de vento em edifícios, o que é fundamental para o conforto de seus usuários. Os dados obtidos, se considerados em projeto, vão contribuir para aprimorar o conforto das unidades habitacionais. Mas não é só isso. Por meio de ensaios, a pesquisadora também pode verificar as condições de conforto do pedestre, a dispersão de poluentes e as áreas com maior acúmulo de poeira, o que pode dar, por exemplo, diretrizes para o serviço de varrição de ruas.

Modelo de Moema em escala 1:500: vazão do vento pode dar subsídios a novos projetos
Modelo de Moema em escala 1:500: vazão do vento pode dar subsídios a novos projetos

“O bairro de Moema foi escolhido porque é um dos mais verticalizados da cidade e tem alto adensamento”, afirma Alessandra. Durante os ensaios, a pesquisadora mapeou o comportamento do vento em cada quadra e chegou a identificar as linhas de escoamento do ar, que são chamadas de isolinhas, e as áreas em que as condições de ventilação estão prejudicadas por causa da proximidade entre edifícios altos.

Segundo Alessandra, nas simulações de Moema serão feitas 48 tomadas de pressão em cada edifício, na área compreendida pelos eixos da av. Ibirapuera, rua Pintassilgo, av. Bem-te-vi e rua Sabiá. Os dados obtidos são entradas para os cálculos matemáticos e índices de conforto.

No estudo da Luz, foram verificados os fluxos de ar, dispersão de poluentes, avaliação dos perfis de velocidade, entre outras características. Uma regra geral, confirmada no estudo dos dois bairros, é que a permeabilidade ao vento é menor em regiões muito densas.

Alessandra espera que os dados obtidos pela pesquisa tornem-se também referência para a discussão da sustentabilidade no meio urbano. “Esse tema passa pelo estudo do desempenho da cidade em relação à ventilação”, afirma. O trabalho de Alessandra tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e é realizado com suporte de dois laboratórios da FAU/USP: o de Conforto Ambiental e Eficiência Energética e o de Modelos e Ensaios.

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