Parceria entre Brasil e Alemanha

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Fornecer uma visão das atividades mais procuradas em tecnologias de medição e monitoramento e identificar campos de cooperação no segmento de sensores de fibra óptica deram o tom da apresentação de Wolfgang Habel e Vivien Schlüter, do Federal Institute for Materials Research and Testing (BAM). A visita dos dois pesquisadores ao Brasil é o primeiro passo para uma futura parceria do IPT com um dos maiores instituições alemãs no campo de pesquisas em tecnologia de materiais e engenharia química.

O BAM é um instituto federal científico e técnico vinculado ao Ministério de Economia e Tecnologia da Alemanha. A principal missão de sua equipe composta de 1,7 mil colaboradores está em pesquisa e desenvolvimento, que respondem por cerca de 60% dos negócios, mas a instituição executa também atividades de teste, análise, certificação e consultoria. Seus principais clientes são a indústria (26% do total dos negócios) e a administração pública (21%).

O diretor-presidente do IPT, João Fernando Gomes de Oliveira, deu as boas-vindas aos visitantes e aos participantes lembrando dos campos de atuação similares dos dois institutos e da visita realizada pela diretoria do IPT no segundo semestre de 2008 à Alemanha. Em seguida, o chefe do grupo de trabalho em Sensores de Fibras Ópticas Wolfgang Habel apresentou um breve histórico do BAM e as subdivisões em departamentos técnicos, com ênfase em ensaios não-destrutivos.

Antonio Gentil, Mário Leite e Habel no LEO do CINTEQ
Antonio Gentil, Mário Leite e Habel no LEO do CINTEQ

As atuações do BAM com sensores de fibras ópticas incluem desde a investigação e a caracterização de materiais de alto desempenho até a avaliação de estruturas. Habel forneceu diversos exemplos de aplicações em que o instituto atuou ou atua, como a otimização de misturas de concreto, a detecção de corrosão em componentes de concreto reforçados com aço e o monitoramento de diques utilizando geotêxteis inteligentes.

A palestra de Vivien Schlüter baseou-se em um projeto do BAM de validação de sensores de fibra óptica, com o desenvolvimento de um método de avaliação e a construção de um equipamento de medição. A pesquisadora deu ênfase em sua apresentação às redes de Bragg (microestruturas de dimensões reduzidas que podem ser inscritas no núcleo de uma fibra óptica) utilizadas para a execução do projeto, citando os exemplos da medição de deformação em asas de avião construídas com a adição das fibras e da instalação de sensores de dilatação nas asas de moinhos de vento.

Vivien acredita no potencial da parceria entre as duas instituições em função de o IPT executar diversas pesquisas em comportamento de materiais. “A fibra óptica tem grande potencial de ser usada em novos materiais – por exemplo, os strain gauges são sensores utilizados para metais e cimentos enquanto os modelos de fibras ópticas já permitem o uso em materiais inteligentes”, explica ela. “Além disso, o IPT possui conhecimento em temas não dominados pelo BAM, como a pesquisa em materiais compósitos da área naval, e esta pode ser uma área de cooperação entre os dois institutos”.
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Os pesquisadores visitaram ainda o Laboratório de Equipamentos Elétricos e Ópticos (LEO), a Seção de Geotecnia do CT-Obras e o Laboratório de Equipamentos Mecânicos e Estruturas (LEME).

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