Estratégia para inovação

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O diretor de inovação do IPT, Fernando Landgraf, em entrevista ao jornal \’Valor Econômico\’ publicada nesta segunda, 11, fala sobre a estratégia do Instituto de atuar como articulador para a aplicação do conhecimento das universidades nas empresas. Landgraf também relaciona dados que revelam o atual perfil do IPT.

Confira a íntegra da reportagem:

País tem 62 institutos credenciados

Carmen Nery | Para o Valor, do Rio
11/07/2011

Sem as amarras das universidades, os institutos de pesquisa e centros tecnológicos têm se posicionado como os principais polos de desenvolvimento da inovação atuando na intermediação entre o conhecimento científico da academia e o desenvolvimento de produtos nas empresas. Sua atuação é mais forte especialmente na fase de escalonamento, quando as ideias saem dos laboratórios para as plantas de teste para se avaliar a viabilidade técnica e econômica dos projetos. Hoje, o país conta com uma rede de 62 centros e institutos de pesquisa credenciados no Ministério de Ciência e Tecnologia, e a maior parte já sobrevive com receitas próprias de contratos fechados com o mercado.

"É mais fácil trabalhar no conceito de planta piloto e atuar na interface entre a academia e as empresas", diz Fernando Landgraf, diretor de inovação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Hoje, R$ 60 milhões do orçamento de R$ 150 milhões para 2011 são provenientes do governo paulista, ao qual é vinculado. No ano passado, o IPT atendeu 3,5 mil empresas. Como resultados da produção do instituto, em 2010, foram emitidos 26.794 documentos técnicos e depositadas seis patentes de invenção no Brasil e uma no exterior.

O IPT conta com 511 pesquisadores e 72 laboratórios, distribuídos em 12 unidades técnicas cujos serviços são divididos em três grandes áreas de negócio: serviços tecnológicos, que representam 45% das receitas; metrologia, que contribui com 40%, e P&D, responsável por 15% do faturamento. Em 2011, o IPT inaugura as instalações de seu novo prédio de bionanomanufatura, que fará pesquisas de biotecnologia, tecnologia de partículas e micromanufatura de equipamentos. Outro projeto para 2012 é o Laboratório de Estruturas Leves (LEL), voltado para a indústria aeronáutica. Outro é uma planta de gaseificação de biomassa em Piracicaba, que viabilizará a produção de etanol de segunda geração a partir de bagaço de cana.

Com uma média anual de dez depósitos de patentes o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) prevê chegar ao final do ano com 62 patentes e uma carteira de 276 clientes. Instituto vinculado ao MCT, conta, além do orçamento de R$ 60 milhões, com receitas de contratos que somam R$ 42 milhões. São 19 laboratórios com foco nos setores de óleo e gás, petroquímica, saúde, energias renováveis, defesa e tecnologias sociais. Entre as inovações recentes há pesquisas na área de novos materiais, nanotecnologia e polímeros.

"Um dos destaques hoje são os combustíveis renováveis como bioquerosene verde, criado a partir da biomassa, que já despertou interesse da indústria de aviação", diz Carlos Alberto Teixeira, coordenador geral do INT.


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