Pulsar Expo IPT 2025

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Terceiro dia do evento foi dedicado ao tema Energia do Futuro

Energias do futuro foi o tema do terceiro dia da feira ‘Pulsar Expo IPT 2025’, que começou com uma apresentação do programa de hidrogênio do IPT, feita pelo diretor da Unidade Energia, João Carlos Sávio Cordeiro, e pelo gerente do Laboratório de Usos Finais e Gestão em Energia, Antonio Gentil. O programa do Instituto inclui o Centro de Ciências para o Desenvolvimento em Energias do Futuro (CENF), cuja instituição sede é o IPT e a instituição pública parceira a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, voltado à pesquisa tecnológica com investimento de 23 milhões de reais, e o Laboratório de Hidrogênio – LabH2, que foi inaugurado no dia 9 de outubro com investimento em sua estrutura de R$ 26 milhões.

“Temos ajudado o Brasil há mais de 40 anos, mas agora estamos pensando para frente com estas iniciativas. Entramos em um cenário de transição energética, que abre uma série de possibilidades e desafios a serem vencidos, entre eles o programa de hidrogênio”, iniciou Cordeiro em sua apresentação. No caso do CENF, trata-se de um projeto da Fapesp que reúne um conjunto de pesquisadores de diversas instituições para responder a desafios específicos, no caso estimular o desenvolvimento da produção de hidrogênio de baixa intensidade de carbono baseado nos recursos disponíveis no estado de São Paulo. Hoje, o centro envolve 50 pesquisadores em 11 linhas de pesquisas do centro.

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A ideia da montagem do Laboratório de Hidrogênio – LabH2, explicou o pesquisador Gentil, foi de montar uma estrutura aberta para o desenvolvimento e a validação operacional das tecnologias de hidrogênio: “É importante que a gente tenha os produtos nacionais, mas é ainda mais importante que se tenha a segurança energética associada a estes desenvolvimentos. E ter uma indústria nacional forte dá segurança energética, mesmo que eventualmente o custo não seja balanceado”, afirmou ele, lembrando ainda que o laboratório está com um ‘pé’ na indústria, mas mantendo o outro ‘pé’ na academia quando aparece um problema e é necessário voltar a estudar para encontrar as soluções.

Conjunto de 17 elementos da tabela periódica, as terras raras foram o tema da apresentação do pesquisador André Nunis, do Laboratório de Processos Metalúrgicos. Utilizados principalmente em ímãs permanentes, catalisadores e sistemas de polimento de precisão, as terras raras têm no primeiro exemplo o seu uso mais comum (cerca de 35% do total do material processado em 2023) para aplicação em motores e geradores elétricos, por exemplo. “Hoje, as principais reservas no mundo estão na China e o Brasil ocupa a segunda posição, mas a produção brasileira não está entre as oito maiores do mundo – os projetos no país estão atualmente em estágio inicial. Podemos ser uma potência mundial, mas quem irá assumir a cadeia produtiva?”, finalizou ele.

Claudia Echevenguá Teixeira, líder do Núcleo de Sustentabilidade e Baixo Carbono, trouxe em sua apresentação o tema da digestão anaeróbica para valorização de resíduos alimentares e o projeto-piloto no município de Bertioga (SP). Ela lembrou que mais de 90% dos nossos resíduos são destinados a aterros sanitários, os quais são uma das fontes relevantes na geração de gases de efeito estufa, e boa parte dos resíduos gerados no país ainda são destinados aos lixões, apesar dos avanços da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

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