Mudanças climáticas na Antártida

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Pesquisador do IPT participa de projeto de monitoramento de processos de origem natural e antrópica na interface terra-mar, avaliando as dinâmicas de transporte de substâncias


O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) é parte integrante da 43ª Operação Antártica (OPERANTAR XLIII) neste verão antártico 2024-2025, por meio do Projeto Interfaces. O objetivo do projeto é a ampliação do monitoramento de processos de origem natural e antrópica na interface terra-mar, considerando fatores como as mudanças climáticas.  
 
O pesquisador Alexandre Muselli Barbosa, da Seção de Investigações, Riscos e Gerenciamento Ambiental do IPT, está atualmente na Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) compondo a equipe de campo, realizando atividades de caracterização de meio físico, coleta de amostras e realização de ensaios nos laboratórios da EACF. As atividades realizadas por Muselli estão direcionadas a compreender as dinâmicas de transporte de substâncias, sejam naturais ou antrópicas. “Como este é o primeiro ano do projeto, estamos realizando ensaios de campo e amostragem para caracterização ambiental. Viemos em duas equipes, uma de novembro a janeiro e a minha de janeiro a março”, explica ele. 

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Atividades realizadas por Muselli estão direcionadas a compreender as dinâmicas de transporte de substâncias, sejam naturais ou antrópicas

No projeto, o pesquisador do IPT está atuando como especialista em solo, contaminações e aplicação de geotecnologias como drone e sensores, para obtenção de dados em tempo real. A experiência de Muselli com solos de áreas congeladas (a sua dissertação de mestrado foi realizada nos Andes Equatorianos) e o seu trabalho no Instituto com áreas impactadas e geotecnologia levaram o pesquisador do IPT a ser convidado para integrar a equipe do projeto. 

Além da Seção de Investigações, Riscos e Gerenciamento Ambiental, o projeto também conta com o apoio da Seção de Internet das Coisas e Sistemas Embarcados do IPT na criação dos módulos de coleta e transmissão de informações ambientais em tempo real, que serão instalados na área de estudo durante o próximo verão antártico. 
 
“Consideramos o verão aqui entre outubro e março: assim, atualmente estamos no verão 24-25 na Operação Antártica 43. Nessa campanha de campo, estou estudando a viabilidade e locais para instalação dos sensores: removi um sistema que foi instalado ano passado e que permaneceu durante todo o inverno aqui, para verificar o método de isolamento e também avaliar como a parte eletrônica funcionou durante o período crítico de temperatura”, explica o pesquisador do IPT. 

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Projeto também envolve a criação dos módulos de coleta e transmissão de informações ambientais em tempo real, que serão instalados na área de estudo durante o próximo verão antártico. 

Com as informações geradas, o sistema de monitoramento em montagem será atualizado e instalado pela equipe que virá a campo no próximo verão 25-26 na OPERANTAR XLIV. 
 
O projeto tem duração prevista de três anos, coordenado pela professora Juliana Gardenalli de Freitas, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), e conta com uma equipe multidisciplinar com participação do IPT, do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear (CDTN) e do Instituto Oceanográfico (IO-USP), sendo financiado pelo Programa Antártico Brasileiro e pelo CNPq. 
 
 

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