Resumo:
A demanda para utilização de construções subterrâneas para a organização de aglomerados urbanos vem sendo intensificada nos principais centros metropolitanos ao redor do mundo. Como centro econômico brasileiro, São Paulo enfrenta desafios decorrentes da sobrecarga de infraestrutura viária e, portanto, necessita de novas construções e ampliações de sua malha de infraestrutura subterrânea. Portanto, é imperioso o conhecimento das características técnicas dos materiais que. compõem seu subsolo. Nesse contexto, atualmente recorre-se às ferramentas digitais, como os modelos geológicos tridimensionais com algoritmos de interpolação avançados, amplamente utilizados na indústria petrolífera e mineral, porém ainda limitado na indústria da construção civil. Por outro lado, Inglaterra e Finlândia vêm continuamente utilizando modelos 3D no auxílio de projetos de construção subterrâneas em centros urbanos, como por exemplo, o modelo do “Vale do Rio Tâmisa e Londres”. Este artigo apresenta modelos tridimensionais preliminares das linhas 1-Azul e 2-Verde da cidade de São Paulo, desenvolvidos com a ferramenta Leapfrog®, com base em dados de sondagens fornecidas pela Companhia do Metropolitano de São Paulo – METRÔ. Ele demonstra vantagens e desafios a serem superados para a ampliação do seu uso na indústria da construção civil. Trata-se, portanto, de uma proposta inicial para a organização de dados e conhecimentos técnicos extraídos de obras já executadas, configurando-se em banco de dados geológico-geotécnicos com possibilidade de subsidiar o desenvolvimento de obras civis na cidade de São Paulo e em toda a região metropolitana no seu entorno.
Referência:
ALVARENGA, João Mantovani; IYOMASA, Wilson Shoji; CELESTINO, Tarciso Barreto; MONTEIRO, Marcelo Denser. Uso de modelagens digitais para organização e ocupação do subterrâneo de áreas metropolitanas: uma aplicação à Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Brasil Engenharia, v.5, n.9, p.132-136, 2024.
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