Tomografia de resistividade elétrica e sísmica de refração na avaliação de encostas: o caso da encosta do Mirante, Guarujá, São Paulo

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Resumo:

A ocorrência de escorregamentos em regiões serranas devido as chuvas vêm motivando intensas discussões acerca da busca por mecanismos de monitoramento dos processos hidrológicos em escala de detalhe. A geofísica desponta como uma metodologia alternativa na superação deste desafio, dada a sua
praticidade na obtenção dos dados, resolução espacial, relação custo/benefício, para além de utilizarem métodos não invasivos. Assim, o objetivo da pesquisa consiste em explorar as potencialidades do uso combinado do método de Sísmica de Refração com a Tomografia de Resistividade Elétrica na avaliação de encostas associadas a escorregamentos, sobretudo a partir de contextos climáticos distintos. Para tal, foi realizada uma caracterização do regolito através de ambas os métodos. Adicionalmente executou-se um monitoramento da encosta em dois cenários climatológicos distintos, período seco e chuvoso. Na oportunidade, serão apresentados também os aspectos relativos às correlações entre as informações das tomografias para compreender a dinâmica da água-regolito. A combinação de métodos possibilitou identificar as condições hidrológicas da subsuperfície investigada de forma abrangente, seja no topo, no material escorregado e na base da encosta. A combinação do método geoelétrico, capaz de mapear a saturação no solo, aliado ao método sísmico de refração, capaz de identificar horizontes com
propriedades mecânicas diferentes, permitiu uma interpretação mais segura e detalhada do subsolo, a exemplo de estruturas associadas a movimentação do solo, bem como anomalias de baixa resistividade na forma de bolsões, possivelmente relacionadas ao vazamento na rede de transmissão da estação de tratamento de água. Além disso a estratégia metodológica permitiu identificar na base da encosta a influência da cunha salina. Considerando o constatado benefício proveniente da combinação de ambos os métodos apresentados, acredita-se que o incremento de informações de geofísica no monitoramento geotécnico, pode colaborar de forma decisiva melhoria na compreensão dos mecanismos de instabilização de encosta.

Referência:

SANTOS, Cleber de Jesus, PICANÇO, Jefferson de Lima; GANDOLFO, Otávio Coaracy Brasil; STANGARI, Marcelo César; SANTO, Julia Vieira; LÄMMLE, Luca. Tomografia de resistividade elétrica e sísmica de refração na avaliação de encostas: o caso da encosta do Mirante, Guarujá, São Paulo. Revista de Geociências do Nordeste, v.10, n.1, p. 177-196, 2024.

Acesso ao artigo no site do Periódico:

https://periodicos.ufrn.br/revistadoregne/article/view/31682/18395

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