Resumo:
O geossítio Porto Primavera é formado por arenitos eólicos com pegadas fósseis de tetrápodes, aflorantes na Usina Hidrelétrica de Porto Primavera, no estado de São Paulo. A Formação Rio Paraná, unidade do Cretáceo Superior que contém os icnofósseis, é composta por quartzoarenitos médio a -finos bem selecionados e supermaturos, com típica estratificação cruzada tabular/acanalada de grande porte. Tais depósitos acumularam-se em complexos de grandes dunas barcanóides, movidas por ventos para sudoeste. A associação de Porto Primavera é composta por pegadas de dinossauros terópodes e de pequenos mamíferos, preservadas em epirrelevo côncavo. Esses raros registros em ambientes desérticos eólicos do Cretáceo Superior do Brasil indicam que o interior do deserto do Caiuá foi ocupado por organismos vivos. O estudo centrou-se na caracterização dos icnofósseis, com avaliação da sua susceptibilidade à degradação por processos naturais e antropogênicos, e indica medidas preliminares de gestão para o geossítio. Como o risco de degradação do local é alto sugere que as placas sejam substituídas por réplicas de resina sintética feitas com moldes de borracha de silicone. A possível sensação de desconexão entre os objetos e seu contexto geológico natural poderia ser resolvida depositando-se as lajes resgatadas próximo do geossítio, no Museu da Memória Regional. O geossítio é aqui indicado como um novo holostratótipo para a Formação Rio Parana.
Referência:
FERNANDES, Luiz Alberto; SEDOR, Fernando Antonio; SILVA, Rafael Costa da; AZEVEDO, Adalberto Aurélio; SILVA, Luiz Roberto; GESICKI, Ana Lúcia; YAMAMOTO, Irma Tie; IYOMASA, Wilson Shoji. Porto Primavera Ichnofossil Geosite, Brazil: geoconservation measures in a protected area. Anuário do Instituto de Geociências da UFRJ, n.46, p.1-14,, 2023.
Acesso ao artigo no site do Periódico:
https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/48245/pdf
O geossítio Porto Primavera é formado por arenitos eólicos com pegadas fósseis de tetrápodes, aflorantes na Usina Hidrelétrica de Porto Primavera, no estado de São Paulo. A Formação Rio Paraná, unidade do Cretáceo Superior que contém os icnofósseis, é composta por quartzoarenitos médio a -finos bem selecionados e supermaturos, com típica estratificação cruzada tabular/acanalada de grande porte. Tais depósitos acumularam-se em complexos de grandes dunas barcanóides, movidas por ventos para sudoeste. A associação de Porto Primavera é composta por pegadas de dinossauros terópodes e de pequenos mamíferos, preservadas em epirrelevo côncavo. Esses raros registros em ambientes desérticos eólicos do Cretáceo Superior do Brasil indicam que o interior do deserto do Caiuá foi ocupado por organismos vivos. O estudo centrou-se na caracterização dos icnofósseis, com avaliação da sua susceptibilidade à degradação por processos naturais e antropogênicos, e indica medidas preliminares de gestão para o geossítio. Como o risco de degradação do local é alto sugere que as placas sejam substituídas por réplicas de resina sintética feitas com moldes de borracha de silicone. A possível sensação de desconexão entre os objetos e seu contexto geológico natural poderia ser resolvida depositando-se as lajes resgatadas próximo do geossítio, no Museu da Memória Regional. O geossítio é aqui indicado como um novo holostratótipo para a Formação Rio Parana.
Referência:
FERNANDES, Luiz Alberto; SEDOR, Fernando Antonio; SILVA, Rafael Costa da; AZEVEDO, Adalberto Aurélio; SILVA, Luiz Roberto; GESICKI, Ana Lúcia; YAMAMOTO, Irma Tie; IYOMASA, Wilson Shoji. Porto Primavera Ichnofossil Geosite, Brazil: geoconservation measures in a protected area. Anuário do Instituto de Geociências da UFRJ, n.46, p.1-14,, 2023.
Acesso ao artigo no site do Periódico:
https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/48245/pdf
