Diversos parceiros estão reunidos em torno de um projeto financiado pela Embrapii que tem como foco o desenvolvimento de pesquisas e estudos em processos para o uso de compósitos com fibra de carbono destinado à aplicação em iniciativas de mobilidade elétrica urbana, ou seja, de veículos capazes de se moverem não somente na horizontal, mas também com movimento vertical.
O projeto é uma parceria inédita aliando empresas de diferentes setores: ele é coordenado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) no Laboratório de Estruturas Leves, responsável pela execução da pesquisa, elaboração e caracterização da matéria-prima dos demonstradores (peças conceito do produto final), além da gestão das atividades.
A Embraer contribuirá com sua expertise em compósitos e design de produtos, e a Maxion Structural Components (MSC) com sua especialidade no desenvolvimento de processos produtivos de alta cadência para o setor de mobilidade.
Além deles, o projeto conta com a participação da startup Subiter, especializada em inspeções não destrutivas de compósitos por infravermelho.
Iniciado em agosto de 2022 e com duração de 30 meses, o projeto conta com um investimento total de aproximadamente R$ 2,5 milhões e proporcionará uma evolução tecnológica para todas as diferentes cadeias produtivas envolvidas, cujas competitividades aumentam quando há o domínio de produção de estruturas leves e que favorecem a produção em grande escala.
“Embora as aplicações de compósitos à base de fibra de carbono sejam abrangentes e potencialmente úteis a muitas outras indústrias, hoje elas estão concentradas no desenvolvimento e construção de estruturas aeronáuticas, artigos de defesa e peças automobilísticas, que sedimentam o conhecimento para que futuramente possam beneficiar outros segmentos, como petróleo e gás, naval, saúde, lazer, infraestrutura, geração e transporte de energia elétrica e eólica”, comenta Tanila Faria, engenheira de Materiais Compósitos do Desenvolvimento Tecnológico da Embraer.
O projeto poderá gerar impactos na mobilidade, como a inserção de novas tecnologias de compósitos, que viabilizarão a redução de impactos ambientais, favorecendo a produção de veículos elétricos e autônomos e também melhorando processos de produção com novos materiais e metodologias.
“O desenvolvimento colaborativo já faz parte da nossa cultura de inovação. Com esse projeto vamos unir o profundo conhecimento da Embraer no uso de fibra de carbono com a nossa capacidade de produção rápida, desenvolvida em outros projetos com o IPT”, afirma Marco Tulio Ricci, diretor-global de Inovação da MSC.