Resumo:
Obras de infraestrutura rodoviária estão em construção no litoral norte paulista, compostas por OAEs (Obras de Artes Especiais), cortes, aterros e túneis. São obras que exigiram cuidados especiais, desde a etapa de investigações no projeto básico até o processo construtivo, por se situarem em ambiente da Serra do Mar. Especificamente no caso de túneis, as campanhas de investigações de campo sofreram limitações severas e, consequentemente, o detalhamento do projeto executivo foi realizado por meio de perfurações horizontais nas frentes de escavação, denominadas de furos táticos, além de mapeamentos geológico-geotécnicos e geomecânicos sistemáticos. Como consequência da limitação da investigação inicial, o par de túneis em construção na cidade de Caraguatatuba apresentou litologia não encontrada na etapa dos projetos básico e executivo. Incialmente, foi prevista que a escavação ocorreria integralmente em rocha do tipo biotita granito. No entanto, na etapa de escavação verificou-se que cerca de 24% do comprimento total de cada um dos túneis estava situado em um único corpo de rocha básica, cuja espessura é superior a 80 m com orientação NNE-SSW. A escavação dos túneis nesse corpo de rocha básica foi alvo de estudo e avaliações sistemáticas observando-se as leituras das instrumentações instaladas. No presente artigo, discutem-se as características geomecânicas desse corpo de rocha básica, bem como os procedimentos e as adequações nas escavações, sobretudo nos trechos em que a instrumentação geotécnica indicou instabilidade, associadas às características litológica e estrutural. As escavações dos túneis foram realizadas pelas quatro frentes de avanço e as baixas classes geomecânicas (RMR IV e V), ainda que ocorressem em rocha sã, exigiram tratamentos com cambotas metálicas e concreto projetado, exceto no miolo do dique, onde o maciço foi caracterizado como classe III (RMR) e exigiu tirantes sistemáticos e concreto projetado.
Referência:
SANTOS, Felipe Schaffer; IYOMASA, Wilson Shoji; PEREIRA, J.P.S. Escavação de dois túneis rodoviários em corpo único de dique de rocha básica com mais de 80m de espessura. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE TÚNEIS E ESTRUTURAS SUBTERRÂNEAS, 5.; SEMINÁRIO INTERNACIONAL “LATIN AMERICAN TUNNELLING SEMINAR, 1-4 dez., 2021, São Paulo. Proceedings… 10 p.
Documento com acesso restrito. Logar na BiblioInfo, Bibioteca-DAIT/IPT para acessar o texto na íntegra em PDF:
https://escriba.ipt.br/pdf_restrito/177651.pdf
Obras de infraestrutura rodoviária estão em construção no litoral norte paulista, compostas por OAEs (Obras de Artes Especiais), cortes, aterros e túneis. São obras que exigiram cuidados especiais, desde a etapa de investigações no projeto básico até o processo construtivo, por se situarem em ambiente da Serra do Mar. Especificamente no caso de túneis, as campanhas de investigações de campo sofreram limitações severas e, consequentemente, o detalhamento do projeto executivo foi realizado por meio de perfurações horizontais nas frentes de escavação, denominadas de furos táticos, além de mapeamentos geológico-geotécnicos e geomecânicos sistemáticos. Como consequência da limitação da investigação inicial, o par de túneis em construção na cidade de Caraguatatuba apresentou litologia não encontrada na etapa dos projetos básico e executivo. Incialmente, foi prevista que a escavação ocorreria integralmente em rocha do tipo biotita granito. No entanto, na etapa de escavação verificou-se que cerca de 24% do comprimento total de cada um dos túneis estava situado em um único corpo de rocha básica, cuja espessura é superior a 80 m com orientação NNE-SSW. A escavação dos túneis nesse corpo de rocha básica foi alvo de estudo e avaliações sistemáticas observando-se as leituras das instrumentações instaladas. No presente artigo, discutem-se as características geomecânicas desse corpo de rocha básica, bem como os procedimentos e as adequações nas escavações, sobretudo nos trechos em que a instrumentação geotécnica indicou instabilidade, associadas às características litológica e estrutural. As escavações dos túneis foram realizadas pelas quatro frentes de avanço e as baixas classes geomecânicas (RMR IV e V), ainda que ocorressem em rocha sã, exigiram tratamentos com cambotas metálicas e concreto projetado, exceto no miolo do dique, onde o maciço foi caracterizado como classe III (RMR) e exigiu tirantes sistemáticos e concreto projetado.
Referência:
SANTOS, Felipe Schaffer; IYOMASA, Wilson Shoji; PEREIRA, J.P.S. Escavação de dois túneis rodoviários em corpo único de dique de rocha básica com mais de 80m de espessura. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE TÚNEIS E ESTRUTURAS SUBTERRÂNEAS, 5.; SEMINÁRIO INTERNACIONAL “LATIN AMERICAN TUNNELLING SEMINAR, 1-4 dez., 2021, São Paulo. Proceedings… 10 p.
Documento com acesso restrito. Logar na BiblioInfo, Bibioteca-DAIT/IPT para acessar o texto na íntegra em PDF:
https://escriba.ipt.br/pdf_restrito/177651.pdf