Resumo:
Este artigo apresenta dados experimentais da caracterização mineralógica, de um cimento Portland CP V comercial empregando-se as técnicas de difratometria de raios X (DRX) associada ao refinamento de Rietveld e a espectroscopia de ressonância magnética nuclear do núcleo de 29Si (29Si-RMN) em alta resolução no estado sólido, em amostra com 2,62 % de Fe2 O3 . O cimento anidro apresenta 66 % de fases de silicatos de cálcio, 9 % de aluminatos de cálcio, 10 % de calcita, 9% de sulfatos de cálcio e 6 % de fases minoritárias. Nas pastas hidratadas verificou-se que 39,5 % são fases cristalinas e 60,5 % constitui-se de fases amorfas referentes ao gel de silicato de cálcio hidratado (C-S-H), que é produto principal da hidratação do cimento Portland. Os dados dos silicatos anidros por espectroscopia 29SiRMN foram determinados por sinais de deslocamento químico entre -75 ppm e -77 ppm, associados aos polimorfos da alita, enquanto que, em -71,3 ppm refere-se à belita. Aos 63 dias de hidratação o C-S-H foi observado no deslocamento químico entre -80 ppm e -85 ppm correspondentes aos sitios Q1 e Q2 , respectivamente. Os dados de espectroscopia 29Si-RMN permitiram detalhar a fase amorfa gerada na hidratação do cimento, comprovando-se que se trata de C-S-H, fornecendo, portanto, informações estruturais antes e após a hidratação do cimento e evidenciam o potencial dessa técnica para aplicação em estudos de materiais cimentícios que, por exemplo, envolvem adição de materiais cimentícios suplementares, cujo monitoramento da evolução da hidratação poderá fornecer informações para o entendimento do grau de reatividade desses cimentos.
Referência:
NOBRE, Thiago Ricardo Santos; PÉREZ, Martha González; BLOISE JUNIOR, Antoni Carlos.; ÂNGULO, Sérgio Cirelli; OTA, Shoko; QUARCIONI, Valdecir Angelo. Caracterização de fases de cimento Portland por meio das técnicas de difratometria de raios X e espectroscopia de ressonância magnética nuclear de 291SI no estado sólido. Revista IPT, Tecnologia e Inovação, v.6, n.19, p.67-88, maio, 2022.
Acesso ao artigo no site do Periódico:
http://revista.ipt.br/index.php/revistaIPT/article/view/144/184
Este artigo apresenta dados experimentais da caracterização mineralógica, de um cimento Portland CP V comercial empregando-se as técnicas de difratometria de raios X (DRX) associada ao refinamento de Rietveld e a espectroscopia de ressonância magnética nuclear do núcleo de 29Si (29Si-RMN) em alta resolução no estado sólido, em amostra com 2,62 % de Fe2 O3 . O cimento anidro apresenta 66 % de fases de silicatos de cálcio, 9 % de aluminatos de cálcio, 10 % de calcita, 9% de sulfatos de cálcio e 6 % de fases minoritárias. Nas pastas hidratadas verificou-se que 39,5 % são fases cristalinas e 60,5 % constitui-se de fases amorfas referentes ao gel de silicato de cálcio hidratado (C-S-H), que é produto principal da hidratação do cimento Portland. Os dados dos silicatos anidros por espectroscopia 29SiRMN foram determinados por sinais de deslocamento químico entre -75 ppm e -77 ppm, associados aos polimorfos da alita, enquanto que, em -71,3 ppm refere-se à belita. Aos 63 dias de hidratação o C-S-H foi observado no deslocamento químico entre -80 ppm e -85 ppm correspondentes aos sitios Q1 e Q2 , respectivamente. Os dados de espectroscopia 29Si-RMN permitiram detalhar a fase amorfa gerada na hidratação do cimento, comprovando-se que se trata de C-S-H, fornecendo, portanto, informações estruturais antes e após a hidratação do cimento e evidenciam o potencial dessa técnica para aplicação em estudos de materiais cimentícios que, por exemplo, envolvem adição de materiais cimentícios suplementares, cujo monitoramento da evolução da hidratação poderá fornecer informações para o entendimento do grau de reatividade desses cimentos.
Referência:
NOBRE, Thiago Ricardo Santos; PÉREZ, Martha González; BLOISE JUNIOR, Antoni Carlos.; ÂNGULO, Sérgio Cirelli; OTA, Shoko; QUARCIONI, Valdecir Angelo. Caracterização de fases de cimento Portland por meio das técnicas de difratometria de raios X e espectroscopia de ressonância magnética nuclear de 291SI no estado sólido. Revista IPT, Tecnologia e Inovação, v.6, n.19, p.67-88, maio, 2022.
Acesso ao artigo no site do Periódico:
http://revista.ipt.br/index.php/revistaIPT/article/view/144/184