Fiscalização e identificação de madeiras

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Com informações da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente

O Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), vinculado à Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, avançou no desenvolvimento de um protótipo para fiscalização e identificação das madeiras mais comercializadas no país.

Em uma parceria com o Sindicato de Comércio Atacadista de Madeira do Estado de São Paulo (Sindimasp), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) e, com interveniência da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa e do Agronegócio (FUNDEPAG), foram selecionadas as primeiras espécies da fase inicial do Programa ID Madeira, que conta com o financiamento da Klabin, por meio de um acordo de parceria para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D&I).
 
No mundo inteiro há a preocupação em criar e aprimorar tecnologias como esta, devido à imprescindibilidade em conservar os ecossistemas naturais e fazer um manejo correto das florestas nativas. O financiamento do projeto se tornou possível por meio da atuação do Departamento de Tecnologia e Inovação que abriga o Núcleo de Inovação Tecnológica do IPA.

"Com base na legislação vigente, o IPA pode constituir alianças estratégicas para o desenvolvimento de projetos de cooperação envolvendo empresas, Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação, com objetivos de gerar produtos, processos e serviços inovadores que possam transferir e difundir o conhecimento, como forma de incentivar o desenvolvimento tecnológico.” diz Eduardo Longui, pesquisador científico e coordenador do projeto.
 
Seis tipos de madeiras serão inseridos inicialmente no aplicativo, que usa um recurso semelhante ao do reconhecimento facial para logar em apps ou desbloquear celular. São eles o cumaru, o pau-marfim, a canafistula, a garapeira, o angelim e a muiracatiara.
Seis tipos de madeiras serão inseridos inicialmente no aplicativo, que usa um recurso semelhante ao do reconhecimento facial para logar em apps ou desbloquear celular - são eles o cumaru (na imagem), o pau-marfim, a canafistula, a garapeira, o angelim e a muiracatiara
Seis tipos de madeiras serão inseridos inicialmente no aplicativo, que usa um recurso semelhante ao do reconhecimento facial para logar em apps ou desbloquear celular – são eles o cumaru (na imagem), o pau-marfim, a canafistula, a garapeira, o angelim e a muiracatiara
Existe o planejamento para a inclusão de mais duas espécies, de acordo com o andamento e disponibilidade de material e tempo: a orelha de macaco e a mandioqueira ou cambará.
 
“O prazo para o desenvolvimento, testes e uma fase inicial de operação para implementação do protótipo é de oito meses. Após uma análise de resultados, partiremos para uma fase mais intensiva de uso, com a possibilidade de incluir novas espécies”, diz Longui,. “O sistema poderá ser operado de forma gratuita por qualquer órgão e em qualquer local que comercialize as madeiras testadas”, completa.
 
O objetivo do projeto é colocar em operação um sistema capaz de identificar as espécies de madeiras mais comercializadas no Brasil, a partir de uma prova de conceito, visando apoiar e auxiliar os trabalhos de fiscalização da polícia ambiental e as visitas de técnicos do Programa CADMadeira, além de engenheiros, arquitetos e outros profissionais que atuam com o material, que poderão utilizar o aplicativo para saber detalhes da madeira que vão utilizar.

O Laboratório de Tecnologia e Desempenho de Sistemas Construtivos do IPT participa do projeto com diversas frentes de atuação: ele será responsável pela identificação botânica das amostras de madeira e, se disponíveis, fornecimento de imagens das amostras dessas madeiras existentes no acervo da Xiloteca Calvino Mainieri, e também pela testagem do aplicativo desenvolvido nas suas atividades de identificação laboratorial. "Além disso, vamos fazer a orientação e supervisão técnica dos desenvolvedores do sistema", explica a pesquisadora Maria José de Andrade C.Miranda.

APLICATIVO PARA FISCALIZAÇÃO – O projeto de criação do software vai utilizar uma câmera acoplada ao celular, bem como a própria câmera do celular, com auxílio de uma lupa que aumenta a visualização em 10x. A imagem será processada para a identificação segura do gênero/espécie da madeira.
 
“A partir do background adquirido ao longo de três anos de experiência no ambiente de laboratório na identificação automática realizada no IPA, no qual obtivemos excelentes resultados, e agora com o apoio da Klabin e parceiros do projeto, será possível iniciar junto a uma equipe multidisciplinar uma prova de conceito de um app tanto para uso na fiscalização, como para o público em geral no ambiente real dos profissionais”, informa Vitor Hugo Barbedo, da equipe de desenvolvimento do software.
 
O software usa redes neurais convolucionais, que são as tecnologias mais modernas no que diz respeito à identificação de imagens, além de ferramentas que garantem a confiabilidade e a robustez do sistema. “Bastará ao usuário tirar uma foto da madeira, devidamente preparada, seguindo as orientações do aplicativo; ela será processada pelo aplicativo, que retornará com a identificação do gênero/espécie para o usuário”, finaliza Barbedo.
 
 

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