Resumo:
Este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica e uma discussão sobre a presença de magnésio em agregados para concreto. O Mg é um elemento químico comum em agregados basálticos e carbonáticos. O MgO é sabidamente um problema na cal, pois apresenta hidratação lenta com marcado aumento de volume. Porém, quando em agregados, o MgO não está na forma livre, mas sim combinado a outros elementos, como o silício e o cálcio, no retículo cristalino dos minerais constituintes da rocha. Assim a presença de MgO não é indicativo de qualquer problema de desempenho do agregado no concreto. A única situação em que o teor de MgO apresenta-se relevante é na aplicação das normas do Canadá e dos EUA para avaliação do potencial para reação álcali-carbonato. Para esta aplicação, restrita a calcários, a razão entre os teores de CaO e MgO é confrontada com a porcentagem de Al2O3 em um gráfico dividido em áreas onde o agregado é considerado não expansivo ou potencialmente expansivo. Esta abordagem, embora apresente a vantagem da rapidez na obtenção dos resultados deve ser aplicada apenas em calcários, que é uma rocha carbonática sedimentar, não devendo ser utilizada em agregados carbonáticos de origem metamórfica, como os mármores. Para os agregados silicáticos como granitos, gnaisses e basaltos determinar o teor de MgO é desnecessário. Não existe finalidade prática na determinação do teor de Mg ou MgO para a maioria dos agregados brasileiros. Quando são realizados estudos mais aprofundados no agregado, mais importante do que o teor de magnésio é conhecer em que minerais o magnésio está, pois a mineralogia é o fator relevante para qualquer tipo de patologia associada ao agregado.
Referência:
QUITETE, Eduardo Brandau; LEAL, Priscila Rodrigues Melo; SANTOS, Rafael Francisco Cardoso dos; BALI, Mikaella; MEDINA, Gabriel Sapata Soares. A relevância da presença de magnésio em agregados. In: CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO, 58., 2016, Belo Horizonte. Anais… 8 p.
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