O Laboratório de Engenharia Térmica, com equipe e laboratório móvel, esteve neste mês de abril na unidade siderúrgica da ArcelorMittal, localizada na cidade de Juiz de Fora (MG), para realizar o monitoramento contínuo dos gases efluentes de um dos altos-fornos da empresa durante o seu processo de abaixamento de carga (blow down) – em outubro de 2020, a equipe já havia estado na empresa para executar as mesmas atividades em outro alto-forno.
"Ocasionalmente, é necessário a realização de paradas de funcionamento do alto-forno por vários dias, seja por condições de limitação de mercado ou para efetuar atividades de reparo e manutenção", explica o pesquisador Renato Verghanini Filho. Nessas paradas de longa duração, tem-se um procedimento específico de preparação, com a execução de atividades que visam garantir a integridade do equipamento e da equipe técnica envolvida. Dentre os diferentes métodos para a realização do desligamento, o denominado blow down tem sido o mais aplicado desde a década de 1970.
"Ocasionalmente, é necessário a realização de paradas de funcionamento do alto-forno por vários dias, seja por condições de limitação de mercado ou para efetuar atividades de reparo e manutenção", explica o pesquisador Renato Verghanini Filho. Nessas paradas de longa duração, tem-se um procedimento específico de preparação, com a execução de atividades que visam garantir a integridade do equipamento e da equipe técnica envolvida. Dentre os diferentes métodos para a realização do desligamento, o denominado blow down tem sido o mais aplicado desde a década de 1970.
O laboratório desenvolveu uma metodologia específica para esse tipo de trabalho na qual são utilizados instrumentos e componentes em redundância, pois o forno opera no blow down em uma condição atípica, havendo a possibilidade da formação de uma atmosfera explosiva.
Foram montadas pela equipe do IPT quatro linhas de amostragem de gases e sistemas de limpezas, independentes, para o monitoramento dos teores de monóxido de carbono, dióxido de carbono, oxigênio e hidrogênio dos gases, com dois conjuntos de analisadores contínuos que operaram simultaneamente.
A metodologia desenvolvida pelo laboratório consiste na construção de linhas de amostragem ligando o topo do alto-forno a um painel de modo que, no eventual entupimento de uma delas, a segunda será alinhada. "Caso a segunda sofra uma obstrução antes de ter sido realizada a desobstrução da primeira, ainda se terá a terceira linha e, da mesma forma, a quarta linha", completa o pesquisador.