Nova direção no IPT Open

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Alessandro Rizzato é o novo diretor do IPT Open Experience desde novembro de 2020. Graduado e com mestrado em Química pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), doutorado em cotutela entre a Unesp e a Universidade da Bourgogne, em Dijon (França), Rizzato trabalhou na Rhodia, empresa do grupo Solvay, por quase 15 anos.

Lá ele ocupou os cargos de pesquisador, 6s black belt (especialista na metodologia Lean Six Sigma), coordenador de Marketing de Inovação, coordenador de Desenvolvimento & Aplicação e gerente de Inovação Aberta; em seguida, no Instituto de Pesquisas Eldorado, ocupou o cargo de gerente de Incentivos e Fomento, até assumir em novembro do ano passado a diretoria do IPT Open Experience.

São duas as formas principais de adesão ao IPT Open. Uma delas é a modalidade de Centro de Inovação, na qual as empresas trazem para as instalações do IPT seus centros de pesquisas e dedicam uma parte de seus projetos de P&D&I para serem realizados em parceria com o IPT. 
 
A outra modalidade de adesão é o Hub de Inovação HardScience, em que as empresas trazem demandas e recursos financeiros para executar projetos em parceria com startups de hardscience.  
 
Confira abaixo a entrevista com ele!
 
É possível ter uma ideia do custo/benefício de investir no IPT Open? 

De uma maneira geral existem ganhos intangíveis e tangíveis. Pensando unicamente em ganhos tangíveis, podemos citar o uso compartilhado da infraestrutura e de recursos humanos de pesquisa, desenvolvimento e inovação do Instituto, incremento da atuação em P&D&I, atualização tecnológica, transferência de tecnologias, participação em convênios, financiamento com recursos Embrapii, Finep, Fapesp e outros (que são oriundos de parceiros do IPT Open), capacitação e a proximidade com universidades, entre outros.
 
Como o IPT Open pode alavancar a competitividade da empresa no mercado? 

O IPT Open pode alavancar a competitividade da empresa de várias formas: tanto no lado da redução de custo do investimento no desenvolvimento de tecnologias, quanto do lado de geração de novas receitas oriundas da colocação no mercado, pelas empresas, das tecnologias, processos e produtos desenvolvidos no IPT Open. 

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Além disso, nos últimos anos, a inovação aberta permitiu que as empresas criassem valor através não só de novos processos e produtos, mas também pela venda, licenciamento e royalties de tecnologias e produtos que não sejam de interesse estratégico para as empresas.

Como as empresas de menor porte podem se beneficiar do IPT Open Experience? 
 
O IPT Open Experience é a maior iniciativa de criação de ambiente promotor da inovação em ICTs públicos do Brasil, que está focada em promover a inovação aberta. Existem múltiplas possibilidades de as empresas de menor porte se beneficiarem do IPT Open Experience. Vou citar duas delas: a primeira está relacionada ao acesso à infraestrutura de equipamentos e laboratórios do IPT, e a segunda ao acesso aos pesquisadores e especialistas técnicos do Instituto.

Caso continuem as tendências de crescimento do mercado de health techs, com a expectativa de que a ciência e a tecnologia ocupem um lugar de importância cada vez maior em todo o mundo por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus, os negócios ligados à biotecnologia em saúde devem apresentar um futuro promissor. Vocês estão dedicando atenção especial a este segmento?

Sem dúvida nenhuma que a biotecnologia ocupará um lugar de destaque no cenários nacional e internacional! O IPT, com seu núcleo de excelência em bionanomanufatura, traz um diferencial enorme para o surgimento de novas tecnologias não somente para a saúde, mas pode ser a base para novos produtos químicos de uma série de cadeias como as de cosméticos, de materiais e de aromas. Além de toda a infraestrutura e de pesquisadores dos laboratórios, nós estamos criando um espaço dedicado à aceleração de tecnologias de baixo grau de maturidade que esperamos ser a nossa fábrica de startups de Biotec.
 
São duas as modalidades de participação no IPT Open Experience (centros de inovação e hub de inovação). A pandemia mudou a percepção das empresas sobre qual das duas é a forma mais interessante de participação em um projeto como este?

É verdade que a pandemia mudou muita coisa. Com o IPT Open, não foi diferente. Há agora uma clara mudança no interesse pela modalidade de adesão, enquanto que no ano de 2020, ainda no início da pandemia, o interesse maior era por cotas de participação no Hub de inovação.
 
Em 2021, a maioria das empresas está interessada em instalar seus centros de P&D&I, mais uma cota customizada de participação no hub, muitas vezes na posição de observadores. Ambas as formas são interessantes, mas depende muito da estratégia de inovação aberta de cada uma delas.  

Quais são os principais desafios para convencer as empresas à adesão de sistemas de inovação aberta? O senhor acredita que o cenário brasileiro é semelhante ao de outros países nesta questão?

As empresas que possuem uma estratégia clara de inovação aberta se convencem rapidamente dos benefícios de aderir a um ecossistema de inovação que estamos construindo no IPT Open.
 
Aquelas que ainda não possuem maturidade, e nem uma estratégia de inovação aberta definida, precisam se convencer de que benefícios como a redução de custos e de tempo de desenvolvimento das tecnologias criam valores tangíveis para eles. O cenário brasileiro tem suas particularidades e, assim, buscamos algumas das melhores práticas de criação e estímulos a esses ecossistemas de inovação e adaptamos para a realidade brasileira.
 
Muitas das empresas mencionaram a questão da sustentabilidade no evento de inauguração do IPT Open. A pandemia mudou de alguma forma a percepção das empresas em relação a ações sustentáveis? 

Eu acredito que a sustentabilidade estará cada vez mais nas agendas das organizações, independentemente do segmento de atuação. Entendo que a questão principal envolvida com a sustentabilidade passa por uma gestão estratégica de portfólio de projetos sustentáveis em linha com as tendências de demandas mercadológicas.

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